* Francisco Miguel de Moura
Noventa anos são muitos, nesta vida,
Mas são poucos ao que tentei fazer,
Poeta fui e seis filhos vi nascer
E os criei… Que vida comovida!
No amor que vivemos, grande lida,
Eu e Mécia tivemos que sofrer,
E também, alegrias, podem crer,
Nas delícias das horas renascidas,
Bem vividas… Amor em harmonia
E na luta, a tomar os nossos vinhos,
Ano a ano, somando o que valia.
Mas eu bem sei que o tempo não perdoa,
Por isto estou mais velho… E, numa boa,
A completar os meus 90 aninhos.
de Francisco Miguel de Moura