• search
  • Entrar — Criar Conta

A artificialidade do Prêmio Jabuti

Na sua edição 2023, o Prêmio Jabuti, que já teve muito prestígio, afunda de vez no besteirol.

*Alexsandro Alves

[email protected]

 

Corre de boca em boca, já há algum tempo, a queda de qualidade no Prêmio Jabuti.

Marcado por cada vez mais polêmicas de bastidores e aquém de um prêmio literário, o Jabuti tem se pautado pela polêmica e pela “inclusão”.

Luiz Schwarcz e Rodrigo Gurgel, por questões diversas, já esboçaram descontentamento com o prêmio.

Mas agora vem o pior. Porque no Brasil da ideologia da inclusão a qualquer custo, tudo pode piorar e piora.

Uma das finalistas é uma inteligência artificial.

O Prêmio Jabuti indica livro criado por IA na categoria melhor ilustração.

Virou piada pronta.

Como se já não bastasse a ideologia por trás do prêmio, onde sempre desconfiamos da qualidade literária de seus vencedores atuais, agora o Jabuti inova inaugurando a era do não-humano concorrendo com humanos!

É lamentável a queda de qualidade dessa premiação.

Não há mais importância literária ou artística no prêmio, virou palanque ideológico há muito tempo e agora, palanque para as novas tecnologias.

E cadê a literatura?

Naufragou.

Ora, se um robô pode concorrer, imagine o nível literário de alguns. É o fim. O prêmio perde-se nas garras de uma diversidade que, ao olhar apenas para o exterior, não provoca a necessidade de elevação literária, basta ser representante de algum grupo étnico, sexual e etc, e agora, IAs também estão concorrendo.

Falta do que ter o que fazer.