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A bela Otero

Em um pequeno texto Colaborador de Navegos destaca em Luis da Camara Cascudo a curiosidade sobre as atualidades de seu tempo .

*José Vanilson Julião

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Na minha procura por assuntos futebolísticos de vez em quando paro em um assunto qualquer, geralmente requentado por estes milhares de blogs, sites e portais em busca de audiência.

Foi o que aconteceu com um tópico da “Wikipedia”, a partir do qual resolvi averiguar em outras fontes para me inteirar ainda sobre a curiosa personagem dos séculos XIX e XX.

Movido pelo fato de que escritor potiguar Luís da Câmara Cascudo, sempre antenado com assuntos antiguissimos e atuais, escreveu a cerca da referida personalidade mundial.

Uma das “Acta Diurna” de Cascudo, publicadas no “Diário de Natal”, entre 1947/1951, tem como alvo a conhecida “Otero”, a espanhola que atraía os milionários, políticos e reis para a alcova.

A coluna com o título “A bela Otero” – como ela mesma ficou famosa – é publicada na edição do sábado, 4/12/1948.

Em 11 parágrafos primeiro ele informa que leu em jornal espanhol sobre o leilão das joias de Agustina Carolina del Carmem Otero Iglesias (1868 – 1965).

E mostra-se surpreso que naquele final dos anos 40 ela ainda esteja viva, aos 80 anos, e residindo em Nice.

O redator não discorre sobre a “Bela Otero”, disponível em texto e fotos pela rede. tampouco procura transcrever na totalidade o texto cascudiano.

Mas escolhe dois parágrafos do literato norte-rio-grandense para o deleite dos leitores de “Navegos”.

1 – Com o título vago de “artista” teve o título real da espanhola mais sedutora, mais famosa, mais disputada da Europa. Ninguém lhe sabia o nome, mas o apelido, que era elogio natural, a Bela Otero.

2 – Milhares de cartões postais espalharam pelo mundo a sua beleza capitosa. Esguia, ondulante, com uma voz quente, possuía dois olhos negros, olhos orientais que deram mais assunto aos jornais que dez ONU, reunidas e balbuciantes, na atualidade.

Cascudo, enfim, como se diz no futebol, era um coringa, jogava em todas as posições.