*Da Redação
Parece que o sonho dos desocupados ricos da elite e do tráfico está por se realizar. Eles têm um representante, não eleito, mas que legisla em lugar do Congresso na pessoa do ministro do STF Alexandre de Moraes, aquele alçado ao cargo pelo ex-presidente Temer, que o presidente Lula afirmar ser golpista.
A ideia do ministro é aumentar a quantidade tolerável do porte de maconha. A ideia é que 60 gramas da droga não seja caracterizado tráfico, mas uso pessoal.
É o sonho de qualquer narcotraficante.
É o sonho da elite que consume a droga através dos “aviõezinhos”, crianças pobres e pretas das periferias que vendem a substância para a gente branca e rica da orla, aquela mesma que gostava de um cartaz “fora, Temer” ou de um “ele, não” e que em 2022 “fezuéli”.
É aquela gente que defende a periferia, e agora sabemos os motivos inconfessáveis. Não querem a periferia longe das drogas, a periferia é o seu mercado.
A única forma de escravidão que existe hoje no Brasil entre brancos e pretos é o tráfico de drogas. A periferia é refém do traficante, dos brancos endinheirados progressistas e agora, do ministro Alexandre de Moraes.
60 gramas não é pouca coisa, não! Levando em consideração que uma carteira de cigarro pesa 10g, podemos entender que liberar 60g é literalmente legalizar o tráfico de drogas. Não conheço ninguém que ande com 6 carteiras de cigarro no bolso.
A polícia vai andar com uma balança na viatura? Ou vai ter um pacote padronizado pelos traficantes? Essa segunda opção, quem sabe, possa ser dialogada entre ONGs e o tráfico – quem sabe uma oficina para confecção de pacotes padronizados patrocinada pelos seus apoiadores federais, estaduais e municipais. Haverá pacotes com o número 13 e o símbolo da justiça, seria pós-moderno porque a balança da justiça seria reinterpretada dentro uma configuração estética aliada à nova política de apreciação e de incentivo às drogas.
Imagina que luxo! Aquela juventude branca, antenada, rica, tatuada, cabelo colorido, postando nas suas redes sociais aquele pacotinho característico. Sem falar nos artistas eco, fem, afro, reggae, LGBT… mas apenas os ricos!
Mas falando sério, o Poder Judiciário deveria, apenas, julgar de acordo com o arcabouço legal e legislativo (Leis e a Carta Magna) ou seja: interpretar a norma. Quem legisla, em síntese, é o Congresso Nacional e, diante da omissão do Senado e da Câmara Federal, o STF avança legislando. O Poder Executivo apenas executa de acordo com as normas. Desconheço que esse senhor, o Alexandre de Moraes, tenha sido eleito deputado ou senador para legislar. A JURISTOCRACIA promove o desequilíbrio dos Poderes Constitucionais no Brasil. Pacheco e Lira estão fazendo o quê? O Congresso está servindo para quê?
Nessa edição de Navegos, os colunistas (clique nos nomes para ir direto ao artigo): Alexsandro Alves aqui e aqui, Abraão Gustavo, Júnior Magalhães e Roberto Motta. Desfrutem.