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A cadeira fatal

Fundador de Navegos escreve sobre eleição a se realizar no mês de agosto, na Academia Norte-riograndense de Letras, para preenchimento de cadeira que ganhou recentemente a fama de ser azarada.

*Franklin Jorge

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Será decidido no mês de agosto, em eleição na Academia Norte-riograndense de Letras, quem vai sentar na Cadeira 32, vaga com a morte recente de seu último ocupante, o ex-governador Geraldo Melo, que não chegou a tomar posse, morrendo algumas semanas depois de ser eleito.

Disputam a vaga as professoras aposentadas Isaura Amélia Rosado Maia e Josimey Costa, das duas a única de fato conectada com as Letras, jornalista, poetisa e autora de Casa de penhores, livro que a inscreve entre as vozes mais significativas de sua geração, como Marize Castro e Nivaldete Ferreira. Isaura é vista como uma autora sem obra, pois o que publicou teria sido o produto de ghost-whriter e penas de aluguel, fazendo assim pendant com o próprio presidente da Academia que tem o hábito de delegar a terceiros a fatura de seus livros, como gênero circunscritos ao chamado ‘’mórbido-enfadonho’’. Por isto, a autora de coisa nenhuma prefere se fazer conhecida como ‘’gestora’’, pretensão que se desmente na pratica, a deduzir-se do estrago que tem produzido na cultura, singularmente por incapacidade gestora. Quando presidente da Fundação José Augusto e secretária extraordinária da cultura em dois governos, permitiu que perecessem a Oficina de Gravura Rossini Quintas Perez, o Museu Nilo Pereira, no Ceará-Mirim e contribuiu para que obras do acervo da Pinacoteca do Estado sofressem danos irreversíveis. Investiu apenas em eventos que pudessem instantaneamente gerar notícias nos jornais locais. Uma gestora, enfim, voluntariosa e sem capacidade de planejamento.

FOTO Em destaque, o ex-governador Geraldo Melo, último ocupante da Cadeira 32 que tem o historiador areia-branquense Francisco Fausto como patrono.