Alexsandro Alves
Quem é o presidente do Brasil?
Não sabemos. Oficialmente temos o eleito de 2022, Lula. Porém, dadas as circunstâncias, há outros nomes que são mais importantes. Porque Lula foi retirado da cadeia de Curitiba, para a cadeira do Planalto. E assim, se era forte preso, livre tornou-se fraco.
Seu discurso contra o MST e sua tentativa de se aproximar do agronegócio em uma live flopada, mostram que o Sapo Barbudo, como lhe apelidou Brizola, é um homem alquebrado, um girino que se movimenta sem rumo em uma lagoa já conhecida.
Já se notava nos debates: não falava coisa com coisa, voz fraca, tornou-se emblemático aquele momento em que seu oponente impôs-lhe a mão no ombro e sorrindo, o fez calar.
Hoje, Lula é um presidente decorativo. Não é aquele Lula de 2003, 2006, aquele que elegeu Dilma duas vezes; hoje, Lula virou escravo de uma imagem que se torna caricatura. Envelheceu mal e sairá desse mandato, se o concluir, pior do que se ainda estivesse em Curitiba.
Um nome interessante para a cadeira ocupada por uma imagem do passado, já borrada, é o corrupto, inocentado pelo STF, Arthur Lira. Este, como bom político brasileiro, apoiara Bolsonaro; Lula, que precisou de uma frente ampla, Globo, pesquisas enganosas e uma boa limpeza do STF para ganhar por pouco mais de 1% de um candidato que arrumou confusão com todos os poderes, vitorioso, tem o rabo preso com toda a malta que o ajudou a vencer, e eles cobram. E cobram caro. É o retorno da harmonia entre os poderes.
Estão fazendo de Lula sua marionete. No Congresso, votações importantes para o governo são sempre tragédia anunciada – Lula, mesmo com a frente ampla, não tem base! Deputados de partidos que o apoiam assinaram um pedido de impeachment contra ele semana passada. Há bolsonaristas no governo, em ministérios. Impõem isso ao girino vitorioso.
Outro nome é o do ministro do STF Alexandre de Moraes. Cabe a pergunta: como um ministro tão novo, em termos de tempo na instituição, conseguiu poderes tão amplos? Hoje, ele manda e desmanda. Ele corta a garganta de quem desejar. A república lhe acende charutos e senta em seu colo.
Caladinho! No governo anterior, enquanto um “capitão” gritava para sua creche “acabou, porra!”, e outros infantilismos doentios, que nada de fato produziram a não ser manter sua gente hipnotizada, porque há pessoas que acreditam em gritadores, Alexandre de Moraes agia em silêncio, como um mal secreto. Hoje, encurralou bolsonaristas, tem Lira nas mãos e Lula lhe oferece churrascos.