*Alexsandro Alves
No evento esvaziado pela democracia, que marcou o aniversário de um ano do dia 8 de janeiro de 2023, quando brasileiros pacíficos foram atraiçoados pelas FFAA e colocados em situação vexatória por infiltrados, o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, afirmou, em um discurso nada republicano e de arrepiar os cabelos de Marianne, que urge uma regulação das redes sociais.
Vamos direto ao ponto. Essa regulação já existe!
Se alguém comete crimes como calúnia, injúria e difamação, tais crimes já são bem tipificados em nosso código penal. Também há o Marco Civil da Internet, desde 2010.
É notório, portanto, o desejo não de uma regulação, mas de uma censura. A regulação da qual o ministro fala na verdade é a regulação a partir dos desejos mais íntimos de ditadores!
É o controle da verdade. Essa regulação alardeada pelo ministro do Supremo é um disfarce para o sonhado ministério da verdade! É a maneira que o governo derrotado pelo povo, mas vitorioso nas urnas eletrônicas, encontrou de barrar o seu adversário mais forte: a propagação horizontal da notícia!
Sim, com a internet e as redes sociais, as notícias não precisam vir de uma fonte única e de cima para baixo, essa verticalização, com as redes sociais, é quebrada! A notícia é descentralizada, já não parte de canais oficiais ou subservientes aos ditames do poder. É produzida e compartilhada pelo povo!
O PT nunca conseguiu ser popular nas redes sociais. É um espaço que o partido não domina e parece que não quer fazer muito esforço para isso, sendo assim, tem que censurar!
A fala de Alexandre de Moraes é tão perversa e perigosa quanto o guizo de uma serpente. A democracia está em perigo. O evento organizado pelo governo para lembrar o 8 de janeiro de 2023, precisa ser compreendido como o contrário do que alardeou. Não foi para fortalecer a democracia, foi sim, para espalhar seus cacos, para quebrar ainda qualquer coisa que esteja em pé na república.