*Franklin Jorge
Parece-nos que a cada nova campanha eleitoral as opções de candidatos afinados com as apurações populares vão se tornando cada vez mais raras. A escolha, por falta de opções, vai se tornando cada vez mais difícil. A impressão que dá é que vamos trocar seis por meia dúzia, e não o seu contrário. O que daria no mesmo para mal dos nossos grandes pecados.
O certo seria reconfigurar tudo e eleger quem nunca teve mandatos. E, despoja-los dos cargos, quando tivermos a convicção que não nos representam mais e trabalham apenas por seus escudos interesses pessoais.
Este ano, temos quase 800 mil candidatos a vereador e poucas opções. E mais de dez a pleitear a cadeira de prefeito de uma cidade que, em termos administrativos, é apenas um cenário nas mãos de administradores sem previsão de futuro.
Nos últimos trinta anos nenhum prefeito conseguiu resolver o crescente problema do Transporte Coletivo em Natal. Sequer temos paradas de ônibus decente; algumas são assinaladas nos postes, sem cobertura nem proteção, o que talvez explique o grande número de portadores de câncer de pele.
Tenho comigo uma regra. Não voto duas vezes em quem me decepcionou. Em quem usou o meu voto para se dar bem, sem ligar para nossas expectativas. Prefiro dar meu voto a um desconhecido a manter em cargos públicos quem os usa para a própria satisfação em detrimento dos demais.