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A fotografia amplia o amor

Além da literatura, a sensibilidade artística do jornalista Flávio Rezende agora também é dedicada à imagem; seu olhar, através da lente, capta a essência do objeto focado

Flávio Rezende

Estive batendo perna e tirando fotos por terras de Tio Sam. E até consegui uns bons ângulos. Mas já em terras potiguares, no solo sagrado de Ponta Negra, templo de minhas orações e agradecimentos, apontei a nova lente Sigma 50-500 e sai feito menino clicando a torto e a direito.

Quando passeamos os nossos olhos pelas paisagens em geral, dissolvemos o todo na área percebida, não dando atenção especial a nada e, assim, não particularizando objetos, obtemos apenas relativo prazer.

Neste contexto, a fotografia particulariza algo e, ao olhar depois, aquele objeto, flor, animal, cena ou pessoa passa a adquirir uma atenção toda especial, com o observador mergulhando em detalhes, cores, nuances, valorizando e degustando cada babado envolvido, dando àquela fotografia uma atenção muito especial e ao eternizado nela uma valorização diferenciada de quando estava apenas fazendo parte de algo mais amplo.

Eis a magia da fotografia, que ao retirar algo do todo, torna a mesma um meio de contemplação e a entroniza no coração do pai da cena e no de todos os observadores sensíveis e afeitos à percepção do belo e do capturado.

E, assim, eis que me torno, aqui e alhures, perseguidor de coisas, eternizador de variadas cenas, capturador-mor da vida, em felizes incursões com minha CANON Rebel e suas lentes agregadas.

A felicidade me preenche; com as letras revelo meu espaço interior; com as fotos, idem. Quanto mais coisas possam trazer para perto, com o simples objetivo de potencializar emoção e beleza, estarei dizendo sim.

Desfrutem! Eu mesmo me delicio em ver as pequenas coisas do mundo natural ampliadas no meu campo visual.

Luzzzzzzzzz!

Flávio Rezende, jornalista e ativista social, é autor dos livros “Brechando o Planet” (Offset; 2019), “Escritos da Alma” (Offset; 2018), “Poesia: Minha Voz, Minha Paz, Minha Energia” (Nordeste; 1980), dentre outro

ENCAPSULADO NO TEMPO Anônimo fotografado por Flávio Rezende na praia de Ponta Negra; o autor da imagem é fundador da Casa do Bem, que assiste com aulas de reforço, artes e esportes crianças, adolescentes e idosos, os quais também participam de atividades sociais e culturais em teatros, cinemas, exposições etc. promovidas por seus voluntários; com sede no bairro de Mãe Luiza, a entidade filantrópica se mantém através de doações de pessoas físicas e empresas