*Da Redação
A diferença entre esquerda e direita no Brasil é que uma, quando governa, põe a outra na oposição.
No poder, se assemelham mais do que gostam de admitir. No Rio Grande do Norte, o governo de Fátima Bezerra vem humilhando, sucessivamente, a classe trabalhadora como nunca antes na história desse país. Ela consegue ser pior do que a direita que tanto acusava e acusa.
Aumento da alíquota do IPERN, quinto ano seguido em que pensionistas não têm aumento, greves de várias categorias profissionais e o crime organizado cobrando seu lugar no estado… e no Estado? Viver hoje no Rio Grande do Norte é amargar os piores índices na educação, na segurança e na saúde.
Chegou a vez dos enfermeiros cantarem essa música triste.
Da mesma forma que os professores, a categoria tenta sensibilizar a governadora, fazê-la olhar-se no espelho e lembrar da Fátima “das antigas”.
A resposta da governadora veio através do desembargador Glauber Rêgo, que atendendo ao governo, proferiu uma das mais calamitosas sentenças, segue um trecho:
“Há ainda a discussão a respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 7.222, pendente de julgamento e que tem liminar suspendendo os efeitos imediatos da implementação e pagamento do Piso Salarial da Enfermagem (Lei 14.434/2022)”. Afirmou.
Ações Diretas de Inconstitucionalidade sobre questões como piso salarial, sempre foram interpretadas pelos políticos petistas como mais um mecanismo da burguesia para frear os avanços das conquistas do trabalhador.
Mas a governadora não se envergonha. Embriagada, parece que torce para a ADI nº 7222 ser urgentemente aprovada.
Fátima Bezerra é o engano mais triste que os potiguares já cometeram.
Nessa edição de Navegos temos (clique nos nomes para ir direto ao artigo): Percival Puggina, João Vanilson Julião, Alexsandro Alves, as seções de Calle del Orco e Rua dos vivos, desfrutem!