*Nadja Lira
O homem das cavernas acreditava que, a cada vez que Deus ficava irado, os castigava enviando a Terra furacões, vendavais, terremotos, raios e tufões. Os raios, aliás, eram considerados como a expressão máxima da cólera divina e por isso, Benjamin Franklin, inventor do pára-raios, foi condenado pela Igreja Católica sob a acusação de impedir que os castigos de Deus caíssem sobre os homens. A história conta que o Frances Vissery de Bois foi processado por heresia, no século XVIII, por ter instalado um pára-raios em sua casa.
Se considerarmos as crendices do homem das cavernas, observaremos que a cólera de Deus vem sendo despejada sobre algumas regiões pelo mundo afora, ao longo dos séculos: Desse modo, sua ira recai sobre países como o Chile, através de terremotos; sobre a Colômbia, cuja população padece com a fúria corrente de lavas vulcânicas, enquanto a população dos Estados Unidos é castigada com furacões, terremotos e atentados terroristas.
Como o Brasil não sofre com esse tipo de catástrofe natural, poderíamos afirmar que o povo brasileiro está livre da ira celestial e talvez seja justamente por isso que nos habituamos a afirmar que Deus é brasileiro e passa as férias no litoral potiguar. Contudo, se alguém imaginar que o fato de não sofrermos com essas catástrofes naturais significa que Deus não tem descarregado sua cólera sobre o Brasil está redondamente enganado.
O Estado do Rio Grande do Norte, por exemplo, não tem em sua história qualquer registro de ter sido vitimado por grandes vendavais, tufões, terremotos, ou outras desgraças do gênero. Entretanto, uma região que conta com uma administradora da estirpe de Fátima Bezerra não precisa ser submetida a outro tipo de tortura. Não há dúvida de que, a presença dessa criatura no comando do Governo, nada mais é do que a encarnação da cólera divina sobre o nosso povo.
O recado para mim, que sou temente a Deus, é muito claro: Estamos sendo punidos porque votamos errado. A mensagem que Deus nos envia é a de que escolhemos mal o nome da governante e vamos pagar um alto preço por nosso erro. O povo potiguar deverá amargar por quatro longos anos, o castigo que o próprio eleitor escolheu: Sofrer nas mãos impiedosas dessa mulher insensível, que está levando a população potiguar à mais profunda miséria.
À governadora do RN falta classe, o que pode ser observado desde os tempos em que ela era Senadora. Ela decidiu assumir a cadeira do Líder do Senado contrária à uma votação e ali devorou um pedaço de carne como faziam os homens da caverna. Na condição de professora, ela esqueceu de usar os talheres adequadamente, preferindo rasgar a carne com os próprios dentes, sob as lentes de diversas emissora de Televisão de âmbito nacional.
Também não leva em consideração o ambiente em que se encontra e limpa o nariz sem se importar com o nojo que sua atitude provoca aos que se encontram ao seu redor.
O pior de tudo, porém, é a falta de respeito no trato com os servidores públicos, aos quais priva do seu mais legítimo direito; receber o salário correspondente ao trabalho realizado. A atitude de Fátima Bezerra está criando uma geração de pessoas endividadas, que engrossa as fileiras dos nomes entre os devedores do Serasa e SPC.
No momento em que celebramos os festejos natalinos pelo nascimento de Cristo, ela pratica uma das maiores atrocidades para com os servidores: não paga o Décimo Terceiro Salário – uma das bandeiras que defendia durante a campanha política – deixando os trabalhadores sem condições de bancar a sua ceia de Natal.
Penso que o castigo só não será pior, porque o mandato dela será de quatro anos. Caso ela vá para a reeleição, então a coisa se complica e a situação do povo potiguar será ainda pior do que a do povo do Egito, porque eles só receberam sete pragas. Nós, pobres norte-rio-grandenses, iremos amargar oitocentos e oitenta e oito pragas, correspondentes a oito anos de um governo desastroso.
Só nos resta, portanto, fazer muita oração, jejum, celebrar missas em ação de graças ao anjo da guarda dela, fazer promessas para São Judas Tadeu e Santo Expedito – os santos das causas impossíveis – enfim, fazer muita penitência para que o Todo Poderoso tenha piedade da nossa desdita e não permita que ela seja reeleita.
Nadja Lira – Jornalista – Pedagoga – Filósofa