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A linguagem da mulher sapiens

com sua costumeira argúcia e perspicácia,Colaborador de Navegos satiriza o acervo vocabular da ex-presidenta Dilma Rousseff, que estocava vento e prestou homenagem que ficou famosa ao tubérculo das mandioca.

*Antenor Laurentino Ramos

 

“Dilmês, o idioma da mulher sapiens”, é o livro que escreveu Celso Arnaldo Araújo. Não foi fora de tempo que esta obra chegou. Oportuna e valiosa, contribui muito para que compreendamos a importância de uma boa e adequada comunicação em língua portuguesa “este rude e doloroso idioma” de Bilac.

O pouco respeito e descuido que se tem com o nosso Português Culto, tão bem ilustrado no citado livro, é um alerta para todos nós, falantes desse código verbal de origem latina.

Nem tanto à terra nem tanto ao mar, diríamos nós. O uso abusivo da língua-padrão, no ato comunicativo, poderia nos levar, como sempre acontece, à uma linguagem preciosística, enquanto que a língua vulgar descambaria num linguajar chulo. Aquilo que se diz caracteriza bem aquilo que se é. É o nosso distintivo.

Em outras palavras, o nosso discurso expressa com propriedade, o conhecimento e o domínio do nosso falar. a língua é um fato social, novidade nenhuma, incorpora, quanto ao seu uso, todos os traços que nos são peculiares e nos diferencia na vida em sociedade. E é para isso que nos chama a atenção o Autor de o “Dilmês”. O falar bem, com correção, coerência, clareza e sequência logica, implica um mínimo satisfatório de conhecimento de vários aspectos que constituem o nosso idioma. A pronúncia, a escrita, a estrutura da palavra, seu sentido, concordância, regência, tudo isso é o que, nas escolas, nos é dado a aprender. Para que sejamos cultos, faz-se necessário que tenhamos zelo e respeito por nossa língua. O bom uso de nosso idioma é uma coisa séria. Brincar com ele, repercute negativamente perante os outros; soa mal. É lamentável que nossa autoridade maior nos envergonhe com seus tropeços gramaticais. O que podemos esperar de uma nação que pretensiosamente se diz Pátria Educadora? Pátria Educadora significa aquela que educa e prepara, e isso mais parece uma piada. Tem ares marqueteiros, sugere uma lavagem cerebral. Não temos por que confiar em Dona Dilma Rousseff, quando se faz portadora de uma mensagem desastrada e anedótica para com seu povo. Sempre tem sido assim.

Não bastassem as redundâncias viciosas e as cacofonias de seu inestimável guru, Lula da Silva, e que mesmo assim orgulha-se de ter sido Presidente da República sem nunca ter lido um livro, estamos perdidos também num mundo de trapalhadas linguísticas provocado pela petulância insistente e bossal de uma governanta de um país, que, com inconsciência doentia e prazer mórbido de assassinar o Português, infelicita e envergonha o seu povo.

De parabéns o escritor Celso Arnaldo Araújo, autor preparado no assunto de que trata. Aborda, com conhecimento de causa, os problemas que resultam da mediocridade política, dos falsos representantes da nossa cultura. O povo brasileiro tem sido vitima constante desses pseudointelectuais. Uma gente como a nossa, que já teve em sua história, um Joaquim Nabuco e um Ruy Barbosa não pode merecer isso!