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A literatura está morta. Viva a literatura!

Fundador de Navegos conversa com poeta fluminense sobre o empobrecimento da cultura como o resultado de um projeto que afeta diretamente a literatura e a empobrece.

*Franklin Jorge

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Flávio Machado – A desconstrução da literatura e da arte em geral parece ser um projeto mundial…

Franklin Jorge – Eu diria que a Literatura, como a conhecíamos e a conheceram os leitores do passado, instruídos e formados que fomos por valores do humanismo Ocidental, está completamente morta ou sobrevive, aqui e ali, por abnegação e persistência de uns poucos desajustados.

Quem lê e pensa repetidamente sobre o que lê, por teimosia ou vício remanescentes de uma herança intelectual, percebe que fomos avassalados pela mediocridade, por hordas e mais hordas de pseudoescritores que não leem nem prezam a cultura. Sequer suspeitam de que os livros nascem dos livros, segundo a grande lição preconizada por Charles Baudelaire, mas da presunção, da vaidade e de um narcisismo exacerbados, da ignorância e da incultura que se tornaram institucionais.

Flávio Machado – Sim, concordo. Morreu.

Franklin Jorge em conversa com Flávio Machado.

Navegos, 2022.

Foto Estúdio de Franklin Jorge