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A miserabilidade da saúde pública em Natal

Sempre escamoteada, manipulada, corrompida, a saúde pública é tema constante e recorrente de todos os governos em seus diversos âmbitos. Mais de 90% da população a considera insatisfatória, um verdadeiro suplício para quem não pode pagar planos de saúde, privilégio de poucos.

*Franklin Jorge

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O prefeito de Natal Álvaro Dias – como os que o antecederam no cargo – trata os usuários dos serviços de saúde como uma escória desprezível e empestiada.

Quem precisa marcar uma consulta é obrigado a sair de casa de madrugada, expondo-se a riscos inomináveis nas paradas de ônibus, sujeitos a assaltos, extermínio e estupros, enquanto Sua Excelência dorme a sono solto bem coberto e protegido às custas dos contribuintes que suam sangue para pagar-lhe as benesses que a vida proporciona e a vida folgada.

Indiferente ao sofrimento dos cidadãos, o prefeito não tem agido em seu benefício, ou seja, tomado providências possíveis e práticas para corrigir deficiências e distorções, como o uso de celulares e do computador – sugestões que cheguei a propor-lhe e ao titular sua chama, Carlos Eduardo Alves, visando minimizar o sofrimento de cada um e agilizar consultas, mas ambos fizeram ouvidos moucos e vista grossa às sugestões benfazejas e práticas.

Por que não usar o celular e a internet para agilizar consultas e exames? Por que não usar recursos tecnológicos que se incorporaram à vida das pessoas em todos os rincões do planeta, recursos que todos usam até para fazer compras em cantinas e supermercados, sem a necessidade de deslocamento físico, o que se tornou um risco à integridade de cada um? Até serviços sexuais a domicílio são vendidos através dessa tecnologia, então, porque Prefeitura e seus órgãos precisam nos dar essa prova de atraso e descaso obrigando a população pobre a sair de casa de madrugada e a enfrentar longas filas, ás vezes a céu aberto e sob o sol, apenas para marcar uma reles consulta?