*Franklin Jorge
Referência em agroecologia, por seu conhecimento, talento e contribuição inovadora, Ana Maria Primavesi é objeto de uma espécie de culto devocional à sua memória e legado científico que engrandece os estudos agronômicos. Filha de agricultores, sobreviveu ao nazismo e se radicou no Brasil nos anos de 1950, onde se projetou por sua laboriosa pesquisa do solo e por se tornar a mentora de uma plêiade de brilhantes discípulos que agora se empenham em tornar o seu nome vivo como um farol.
Engenheira agrônoma nascida na Áustria [1920] e falecida em São Paulo [2020], criadora do conceito de Agroecologia, seus escritos a um tempo fluentes, objetivos e didáticos constituem uma verdadeira biblioteca. Por seu estilo, despertam o interesse de leitores para além de sua área de pesquisa e trabalho.
Dir-se-ia, por sua popularidade post-mortem que começou a viver, de fato, após deixar este mundo que se tornou melhor por seu trabalho que configura um legado de generosidade em favor da humanidade.
Leia, nesta edição, na página ao lado, um dos textos que Ana Maria Primavesi costumava escrever, segundo um estilo muito próprio, para difundir e popularizar seus conhecimentos da velha arte da agricultura.
