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A sabichona do Jenipapeiro

Após vexaminosa aparição em juízo, pedagoga que passa por conhecedora e especialista na vida e na obra da educadora e escritora Nísia Floresta, empresta seus talentos à Fundação José Augusto.

*Franklin Jorge

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Feminista e militante do PT, a pedagoga Rejane de Souza encontrou uma boquinha no âmbito da Fundação José Augusto, após seu fraquíssimo desempenho como professora da  Universidade do Vale do Acaraú. Notória por seu despreparo intelectual, por onde passa tem deixado um rastro de ridículo e incompetência, apesar de sua excessiva autoconfiança que a faz pensar que tem a dar uma grande contribuição à combalida cultura potiguar.

Nascida no sítio Jenipapeiro, na zona rural antigamente Vila de Papary, sua relação com a autora de Direitos das mulheres e injustiças dos homens (1832), Opúsculo humanitário (1855), La lagrime d´ un Caeté (1860), Trois ans em Italie: suivis d´ un Voyage em Gréce {1864), entre outros títulos, parece resumir-se à Geografia, pois ambas nasceram no município atualmente de Nísia Floresta. Apesar de seu aguerrido proselitismo feminista e da afetada devoção à memória e à obra da notável potiguar, nada produziu a ”mestra” Rejane de Souza que nos convencesse da seriedade desse tão propalado labor intelectual que faz questão de enfatizar, até, em juízo. Talvez por isto, por seu conhecimento raso da Literatura, tenha se tornado objeto de chacota nos meios universitários e culturais do RN, afinal sua exacerbada vaidade e narcisismo algo patológico são notórios.

Seu superestimado preparo intelectual pode ser visto e analisado em alguns parágrafos extraídos de um texto seu sobre A mulher e o livro, publicado na revista digital MulherArte. Observe-se que Rejane tem o título de ‘’Mestra em Literatura Comparada’’ pela UFRN, o que diz muito do nível de indigência do ensino no Brasil, perniciosamente afetado em todos os níveis por ingerência da política partidária. Sem isto não teríamos tanta gente despreparada a ostentar pomposamente tais títulos.

Vejamos quão rudimentar é o seu conhecimento dos fatos e a maneira canhestra como escreve e registra seus conceitos:

‘’…Todavia, no curso do percurso [grifo nosso], as vozes femininas, em épocas diversas, desafiaram o silêncio e ousaram, através dos escritos, soltar ao vento as suas ideias, denúncias e pensamentos. Nesse roteiro, uma síntese de autoras que atuaram nesse movimento…

‘’Nísia Floresta – natural do Rio Grande do Norte – 1810. A história da escritora se verte de pioneirismo: — primeira educadora feminista do Brasil – primeira mulher a publicar textos em jornais. Escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos. Faz parte da Primeira Onda feminista…

‘’Pagu – nascida em 1910, em São Paulo, foi escritora, poeta, tradutora, jornalista e musa do movimento modernista. A sua obra versa sobre a defesa da mulher pobre e criticava o papel conservador feminino na sociedade…

‘’Virginia Woolf – escritora inglesa – não representa somente um dos ícones da literatura modernista. Virginia revolucionou o mundo literário do século XX ao escrever sobre a mulher na sociedade e abordou a questão homoafetiva em seus livros…

‘’Simone de Beauvoir. “papisa do feminismo” – autora do livro: “O Segundo Sexo”, obra referenciada em qualquer debate sobre gênero. O livro criou as bases do feminismo. Além disso, ela mapeou as formas de opressão masculina, falou sobre patriarcado e inferiorização da mulher e questionou a sociedade casamento…’’

Diante do exposto no curso do percurso, abstenho-me de comentar sobre tal algaravia de ideias mal digeridas, vomitadas a esmo por festejada expoente da nossa cultura provinciana.