*Franklin Jorge
Já deixei claro em circunstancia jornalística que simpatizo com a candidatura de Clorisa Mendes, apesar de sua autossuficiência que a tem levado até a dispensar apoios, decidi dar meu voto ao senador Styvenson Valentim, em reconhecimento a sua defesa do povo do Rio Grande do Norte e da maneira como se comportou em relação ao uso de recursos públicos no exercício de seu mandato marcado pelo respeito aos contribuintes.
Gastou em causa própria o mínimo necessário permitido por lei, nenhum centavo a mais, inclusive dispensando privilégios que o cargo proporciona. Como o Presidente Jair Bolsonaro, de quem ele não gosta ou não simpatiza por razões que desconhecemos ou por mera idiossincrasia, não ostentou, não sobrecarregou o cargo que exerce com privilégios e benesses que fazem do Senado o Céu na terra, segundo a boutade de um velho senador já falecido.
Há quem não goste de seus modos um tanto destemperados que em alguns momentos chegam a parecer com os do próprio presidente, mas que tem isto a ver com a nossa escolha? Por acaso vamos dormir com ele ou dele queremos e esperamos que faça um bom governo em acordo dom as necessidades e os interesses do nosso povo. Dele, não quero nada além disto.
Policial Rodoviário, Styvenson surgiu entre nós para dar bons exemplos, apesar de sua truculência, de sua grosseria e maus modos, o que a meu ver não desqualifica o voto que mereceu, talvez mais como resultante do cansaço do nosso povo do que de suas convicções. O bom, é que votar nele, mesmo em protesto as nossas vistosas nulidades parlamentares, foi um extraordinário acerto que tem rendido bons frutos ao Rio Grande do Norte, uma terra exaurida por políticos do naipe dum Garibaldi Alves, dum Jose Agripino Maia, duma Rosalba Ciarline, dum Robinson FarIa, entre outros que ocuparam cargos sem usa-los em benefício de todos.
Dos candidatos em disputa pelo Governo do Estado, parece-me Styvenson a melhor opção e o único capaz de derrotar a atual governadora que se notabilizou, segundo o ex-presidente Lula, por ter o ‘’grelo grande’’ e, mais recentemente, para surpresa de todos, por ser uma inveterada comedora de pipoca e por promover sesssões de ”descarrego” em seu gabinete entre a fumaça de charuto, odor de cera queimada e invocações devocionais. Não voto em Fabio Dantas porque, como deputado estadual que foi por vários anos, dele não conheço nenhum projeto que o abone; e, como vice de um dos piores governadores que tivemos, não foi capaz de opor-se a desmandos e a defender servidores do estado espoliados em seus direitos à sobrevivência.
Restaria, a meu ver, Clorisa, para muitos e para mim, uma desconhecida que podia ser uma opção razoável, porem sem nenhuma chance de conquistar a preferencia e a confiança do nosso povo. Fico, pois, com Styvenson e sua truculência toda, mas, ao contrário de muitos outros políticos, honesto e criterioso, respeitador do mandato popular, capaz, portanto, de desacorrentar o elefante manco e fazer o Rio Grande do Norte voltar a caminhar sem as amarras da corrupção e da mediocridade congênitas que têm caracterizado tantos governos recentes.
