*Da Redação
Em sua edição desta quarta-feira, 1º de Abril, o jornal Tribuna do Norte escancarou a revolta de artistas e produtores culturais contra instituições culturais que humilham e perseguem àqueles que dispendem tempo em energia em projetos de governo sem previsão de fundos.
As críticas mais contundentes recaem contra o secretário de cultura da Prefeitura de Natal, que se perpetuou no cargo que acumula com o de presidente da Fundação Capitania das Artes e da Fundação Hélio Galvão, Dácio Tavares Galvão. Como gestor, age de maneira dinástica e absolutista. Ele se acha com o direito de mandar e desmandar na cultura do município. É muito poder nas mãos de uma única pessoa que age sem nenhum controle, seja de seus empregadores, seja da Promotoria de Defesa do Patrimônio, um zero à esquerda em tal matéria. Nem mesmo a Procuradoria Geral da República tem-se dado a esse esforço, mesmo considerando-se que há verbas federais envolvidas nessas mamatas e maracutaias.
Inescrupuloso e autoconfiante como os meliantes, controla há anos a imprensa local, contratando eventualmente editores de cultura com o intuito de evitar críticas à sua gestão perniciosa e antidemocrática, atraindo para os seus superiores o descontentamento de quem trabalha nessa área aviltada por maus governantes e exploradores de uma categoria que recebe migalhas por seu trabalho e ainda são submetidos a vexames e humilhações.
Doentiamente narcisista e sem preparo, paga a violeiros com dinheiro público para cantar-lhe loas, abuso que tem passado despercebido da vigilância do Ministério Público. Ao tomar posse como secretário, fez-se introduzir no Salão Nobre da Prefeitura acompanhado de violeiros pagos para repercutir-lhe o inexistente talento. Algo que chamou a atenção dos presentes, mas não mereceu uma única linha publicada pela imprensa.
A matéria, publicada pela Tribuna do Norte, repercutiu como uma bomba, embora o problema seja velho, tem se agravado a cada nova gestão. Segundo a leitora Margareth Almeida, indignada com os fatos, “isso é um absurdo!! Para as bandas que vêm de outros estados se paga adiantado, e para a prata de casa essa peleja todinha…vergonhoso!!! Ridículo, escabroso, de má fé!!!!! Torço para que resolvam o mais rápido possível essa pendenga!!” já o produtor cultural Nelson Rebouças, que trabalha na área desde os anos de 1970, atribui o problema à discriminação e perpetuação da política cultural do abandono, descaso com artistas, agentes culturais, com a arte, a cultura e a economia criativa. Esqueceram de mim, antes mesmo de ser lembrado.”