Daqui pra frente, as salas de cinema serão coagidas a exibir produções do cinema nacional, em geral pouco consumidas pelo pelos brasileiros.
Decreto perverso penaliza os proprietários de salas de cinema e impõe ao público consumidor a obrigatoriedade de um produto que a maioria considera bagaceira. Em geral, envergonha e constrange todo brasileiro que não seja parvo ou incapaz de se aperceber que a maioria dos filmes produzidos no Brasil são vistos como um subproduto inválido.
Ninguém ganha com isso. E as perdas são irreparáveis. Agravadas pelas perturbadoras circunstancias que nos afligem, traiçoeiramente submetidos que somos a uma feroz ditadura que em pouco tempo já contabiliza mortos, estupra as leis e violenta a pax pública, que é a garantia dos cidadãos.
Forjado em prejuízo da maioria, esse decreto não garante nem assegura público ao cinema nacional. E provoca uma reação, sem dúvida negativa: parte dos consumidores de cinema há de sentir-se coagida e defraudada em sua liberdade de escolha por essa medida coercitiva de um governo em declínio que ainda se mantém de pé pela violência e o arbítrio disfarçado de entendimento jurídico.
Prenúncio de boicote avassalador e irreversível.