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As Forças Armadas perderam a guerra (Editorial, 24/09/2023)

Bem-vindos à edição de hoje, domingo, 24 de setembro de 2023, de Navegos, sua revista eletrônica independente, a serviço da informação descentralizada, da crítica e do entretenimento. Boas leituras!

*Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini

[email protected]

 

Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra! Hoje perdemos a maior delas! Perdemos nossa Coragem! Perdemos nossa Honra! Perdemos nossa Lealdade! Não cumprimos com o nosso Dever! Perdemos a nossa Pátria! Eu estou com vergonha de ser militar! Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.

Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger! Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo. Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas. Joguem todas as nossas canções no lixo! A partir de hoje, só representam mentiras! Como disse Churchill: “Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.” E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente. A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores. Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive. Generais não serão mais representantes de suas tropas.

Perderão o respeito dos honestos. As tropas se insubordinarão, e com toda razão. Os generais pagarão caro por essa deslealdade. Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas. Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude! Mas outros, civis, conseguiram! A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés! E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu? E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo? Isso também não aconteceu? Onde está a defesa dos poderes constitucionais? Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão? Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?

NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!

A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial. O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
Não vai ser agora que irão. Ah, sim, generais: entrarão para a História! Pela mesma porta que entrou Calabar.

QUE VERGONHA!

Nessa edição de Navegos, os colunistas e seções (clique nos nomes para ir direto ao artigo): Alexsandro Alves aqui, aqui e aqui e Calle del orco aqui e aqui. Desfrutem.