*Gilberto Simões Pires
O recém-lançado -BOLSA INDÚSTRIA-, ou, como prefere o governo socialista/comunista, -PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL-, segundo os representantes dos mais diversos segmentos do setor, está sendo visto como MODERNO E POSITIVO. Como vivemos no -PAÍS DAS BOLSAS-, até aí nada que espante. O espanto e a preocupação é que este mesmo PROGRAMA já foi colocado em prática durante o péssimo governo Dilma, de 2011 a 2014, sob o título -NOVA MATRIZ ECONÔMICA-, ou -MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA-, cujos resultados, mais do que sabido, foram simplesmente CATASTRÓFICOS.
MESMO CARÁTER
Vale lembrar que a -MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA-, a exemplo do que pretende o atual governo petista com o PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL, tinha o mesmo caráter -DESENVOLVIMENTISTA-. O fato, entretanto, sem a menor surpresa, é que aquele CATASTRÓFICO PLANO foi decisivo para: 1- uma QUEDA BRUTAL DO PIB BRASILEIRO; e, 2- um FORTE AUMENTO DA TAXA SELIC.
ESTIMULAR A ECONOMIA
MAIS: sob o pretexto de ESTIMULAR A ECONOMIA, por meio dos gastos públicos e excesso de INTERVENÇÃO DO ESTADO, o BNDES recebeu mais de R$ 600 BILHÕES do Tesouro Nacional, às custas, obviamente, de emissão de títulos públicos (endividamento), cuja conta ainda não foi paga, causando assim uma forte PRESSÃO INFLACIONÁRIA. Isto, sem esquecer que -para tentar segurar a inflação- o governo Dilma adotou a prática de controle de preços DE ENERGIA, COMBUSTÍVEIS E DERIVADOS. Aliás, por conta desse estúpido controle, a Petrobras foi obrigada a vender combustíveis no mercado interno com preços inferiores aos que foram pagos no mercado externo, provocando prejuízo brutal na estatal.
DIZER O QUÊ?
A propósito, para que os leitores não se deixem levar apenas pelas minhas considerações, eis como o pensador e economista Igor Moraes enxerga os efeitos do PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL: Dizer o quê sobre a “nova política industrial”? Quando um Governo de um país pobre diz que “dinheiro não é problema”, algo já está errado. Fico imaginando o industrial da Alemanha, que atravessa um momento crítico, escutando essa declaração e vendo o milagroso plano para salvar a indústria brasileira (que está sempre nascendo), simplesmente “DANDO DINHEIRO”. O problema é esse mesmo? Ao invés de criticar o “Plano”, vamos fazer uma coisa simples: ver o que o setor está dizendo que são os problemas para eles. Nesse caso, olhando a “Sondagem industrial” da CNI, uma pesquisa que pergunta ao setor os principais entraves, podemos ver uma lista de pontos:
1. Carga tributária (sempre dentre os primeiros a ser apontado pelos industriais);
2. Demanda interna insuficiente. O país tributa muito os produtos que ficam caros, temos os carros, as roupas, o videogame, o celular, etc., dentre os mais caros do mundo. Daí a demanda é pequena mesmo.
3. Taxa de juros elevada. Vocês querem falar de causa ou efeito?
SIMPLES ASSIM
O juro é alto porque a dívida do Governo é alta e ele oferece juros altos ao mercado para rolar essa dívida, encarecendo o crédito para as pessoas e empresas. Além de outras distorções microeconômicas como juro subsidiado, leia-se BNDES. A lista se estende por mais uma dezena de itens. Advinha o último problema? “Falta de financiamento de longo prazo”. O Governo está certo. Dinheiro não é problema. Ele existe. Tem liquidez no mercado para financiar o crescimento industrial. Não precisa do BNDES nem de política industrial. O que precisamos é reduzir o tamanho do Governo, cortar impostos e gerar segurança jurídica para contratos. Até o montante de recursos já foi dito: R$ 300 bilhões. Eu diria: Vocês já foram melhores. Se dinheiro não é problema, não se diz o limite superior. Mas quer ajudar mesmo o setor de forma linear, atingindo todo mundo? Corta R$ 300 bilhões em tributos. Simples assim.