*Nadja Lira
Hoje, o dia foi marcado por uma combinação rara e preciosa: café, boas conversas e lembranças compartilhadas. Fui agraciada com a oportunidade de passar parte do meu tempo ao lado de um seleto grupo de jornalistas, escritores e poetas, pessoas cujas trajetórias profissionais se entrelaçam com as minhas, mas que, acima de tudo, são amigos que o destino trouxe para minha vida.
O anfitrião da nossa jornada foi Franklin Jorge, o príncipe das letras. Ele não é apenas um jornalista de renome, mas também um escritor e crítico literário, cuja sabedoria vai além das palavras que escreve. Sua casa, um abrigo de histórias e ideias, recebeu a todos com a generosidade e o carinho que são suas marcas registradas. A cada gesto seu, era impossível não perceber o respeito que ele tem pela literatura e, claro, pelos amigos.
Ao lado dele, reencontrei José Vanilson, meu amigo do curso de jornalismo, com quem compartilhei os primeiros passos na redação do jornal de Natal. A convivência ali, nas trincheiras do jornalismo, forjou uma amizade que o tempo não apagou. O companheirismo ainda estava lá, forte como nas antigas tardes de trabalho, quando nos perdíamos em meio às pautas e aos prazos.
E, como se a nostalgia não fosse suficiente, ainda tive a chance de rever Moura Neto, colega do Diário de Natal, com quem aprendi tanto, tanto sobre jornalismo quanto sobre a vida. É incrível como o tempo passa, mas a essência das pessoas permanece intacta.
Mas o que realmente fez este encontro ainda mais especial foi conhecer Stenio, o jornalista, escritor e poeta que conquistou o Acre. Ele é conhecido por lá como o “Franklin Jorge do Acre”, e, ao ouvi-lo falar, ficou claro o motivo de tamanha comparação. Stenio carrega em sua fala o peso da experiência e a leveza da poesia, fazendo-nos perceber que, apesar das distâncias físicas, somos todos movidos pela mesma paixão: as palavras.
Acompanhados por Janilson, um fisioterapeuta simpático e de grande espírito, o encontro ganhou ainda mais cor. Ele foi a cereja do bolo, trazendo leveza e risadas à nossa conversa, que se desenrolou entre lembranças de redações e reflexões sobre o futuro do jornalismo.
E, para completar, ainda tivemos o prazer de degustar o delicioso café e os petiscos preparados pelo próprio Franklin. Nada como um bom café, um prato saboroso e amigos ao redor para aquecer a alma e renovar as energias.
Ao fim do dia, o que ficou foi uma sensação de que os encontros não são acasos. São, na verdade, pequenos presentes que o tempo nos oferece, e, quando bem vividos, deixam marcas profundas, como as palavras que nos unem e nos tornam eternos.

Da esquerda para a direita: Vanilson Julião, Manuel Moura Neto, José Stélio, Nadja Lira e Franklin Jorge
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