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Candidaturas de Petrarca Maranhão

Colaborador de Navegos  faz o inventario das vezes em que o seu perfilado concorre a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, ampliando esta serie, uma das mais longas já publicadas por esta revista plural e colaborativa.

*José Vanilson Julião

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Com o suicídio do presidente (24/8/1954), o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo (Umbuzeiro, 1892 – São Paulo, 1968), capo dos “Diários e Emissoras Associados”, é o concorrente 134 à Academia Brasileira de Letras.

Pela primeira vez (30/12) o amazonense Petrarca Maranhão advoga vaga contra adversário de peso. A candidatura do jornalista paraibano também tem a concorrência de Renato Magalhães. No escrutínio o representante da imprensa obtém 31 votos contra nenhum dos demais.

A posse do vencedor ocorre em 27 de agosto do ano seguinte. Chatô se torna o quarto ocupante da cadeira 37. Sendo recebido pelo acadêmico Aníbal Freire da Fonseca.

O bacharel em Direito nordestino é autor de artigos-reportagens: “A Alemanha: Dias Idos e Vividos” (1921). E do libelo: “Terra Desumana: a Vocação Revolucionária do Presidente Artur Bernardes” (1926).

Afrânio Coutinho havia se candidato a primeira vez (7/4/1960) contra Cândido Motta Filho (eleito com 20 votos para ser o quarto ocupante da cadeira 37), tendo conseguido 16 e Arnaldo S. Tiago e Domingos Marcelin (nenhum) e resolve repetir a dose (17/4/1962).

Nesta segunda postulação Coutinho é eleito como quarto ocupante da cadeira 33 (27) contra Marques Rebelo (seis), Nelson Costa (quatro), Ernani Lopes (um) e Petrarca candidato pela segunda vez sem votação. O escolhido sucede Luís Edmundo. É recebido por Levi Carneiro (20/7) e recebe Eduardo Portella (18/8/1981).

Deolindo Augusto Nunes do Couto se candidata duas vezes para a cadeira 11 (vaga pela sexta vez). Em 3/5/191 é eleito Aurélio Buarque de Holanda (20 votos) contra aquele mais (18), Djacir Menezes, Ernani Lopes e Lêdo Ivo, todos sem votos.

Na segunda tentativa (24/10/1963) obtém 28 votos contra Petrarca e Guilherme Figueiredo (ambos sem votação). A posse (4/12/1964) para suceder Adelmar Tavares, recepcionado por Luís Viana Filho e recepcionar Abguar Renault (23/5/1969).

15/8/1968: último insucesso. Nenhum voto a favor de Petrarca contra outro candidato peso-pesado: João Cabral de Melo Neto. Escolhido por 35 acadêmicos para a cadeira 37 (quinto ocupante).

Na posse (6/5/1969) o poeta pernambucano e torcedor do alviverde América do Recife é recebido por José Américo de Almeida. Sucede Chateaubriand, coincidentemente o primeiro concorrente de Petrarca.