*Alexsandro Alves
O mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, do PSoL, não foi Jair Messias Bolsonaro. Foi mesmo alguém muito próximo do Partido dos Trabalhadores: Domingos Brasão e seu irmão, Chiquinho Brasão, que foram presos hoje pela Polícia Federal – o Caso Marielle está chegando a sua conclusão.
Uma conclusão inesperada.
Durante anos se colocou que a família Bolsonaro estaria diretamente envolvida, que mesmo o ex-presidente Bolsonaro seria o mandante – cabe agora, por parte dos Bolsonaro, exigir justiça!
Mas quem deve mesmo estar muito triste é o petista Washington Quaquá, aquele deputado descontrolado que esbofeteou parlamentar no Congresso recentemente.
Quaquá é amigo íntimo de Domingos Brasão e quando o nome deste surgiu como mandante, Quaquá imediatamente escreveu um artigo para o BR 247. Nesse artigo, se debulhava de amor e consideração pelo amigo, advertia inclusive a esquerda! Porque conhece Brasão através de uma profunda e sincera amizade, carne e unha. Não poderia, portanto, ter sido Brasão!
E agora Quaquá?
Estamos esperando suas lágrimas.
Assim como as lágrimas da esquerda.
Eu imagino que, embora o Caso Marielle finalmente esteja solucionado, a esquerda está triste.
Porque o mandante não foi aquele do Vivendas da Barra… É, sim, aquele que subiu em palanque apoiando Dilma e que é amigo íntimo de Quaquá!
O mandante tem laços com a esquerda!
Mas será que Quaquá não sabia? Porque, imagino, Quaquá e Brasão conversando e, de repente, Quaquá inicia uma conversa sobre Marielle, isso pode ter ocorrido, sim, afinal, o crime teve repercussão internacional. Será que o petista não notou nada estranho no olhar ou nos gestos ou na fala de Brasão? E se notou, será que perguntou ao amigo o porquê daquilo? E se obteve resposta, será que a amizade é tão grande assim que resolveu deixar pra lá?