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Chic é ser solidário

Colaborador do Instituto Juvino Barreto, pós-graduado em Jornalismo Empresarial pela Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro. Elias Medeiros alegra e dá esperança aos idosos.

*Franklin Jorge

O que o levou à valorização dos idosos?

R – Sempre estive muito próximo aos idosos, no início pela própria estrutura familiar dos avós e da nossa genitora, após criar e educar toda família, precisava muito do carinho e amor do núcleo familiar.  No passado como sou licenciado no curso de Geografia pela faculdade Simonsen do Rio de Janeiro, trabalhei com alfabetização de idosos e daí desenvolvi um carinho especial por eles.

Como vê a condição do idoso no Brasil?

R – No Brasil apesar do Estatuto do Idosos, as Leis que os aparam não são cumpridas. No Rio Grande do Norte em época de eleição sempre falam no Fundo estadual e municipal do idoso que é uma incógnita e até hoje não saiu do papel.  eles vivem em pleno abandono, principalmente os que não tem renda e não tem para onde ir quando envelhecem.
De acordo com o levantamento, metade dos idosos que residem no Brasil faz parte da classe média e usufrui de boas condições de vida.
Poder público deve garantir ao idoso condições de vida apropriada para que ele possa exercer sua cidadania plena principalmente com diretos a uma moradia segura e acesso a saúde para que possa viver tranquilo esta fase da vida.

O que podemos aprender com os idosos?

R – Desde a Antiguidade, os anciões eram vistos como fonte de conhecimento, devendo ser ouvidos e respeitados. A sabedoria dos idosos é uma ferramenta a ser observada e com isso aprender a exercer a PACIÊNCIA, a CALMA para enfrentar as dificuldades e a HUMILDADE em saber que não precisa gritar para ser entendido, apenas fazer o necessário para conciliar a aprendizagem mutua entre idosos e jovens, tão necessária nos dias de hoje.

O que de mais pungente você tem se deparado no trato com os idosos?

R – A média de vida do cidadão brasileiros alcançou os 75 anos para os homens – no caso das mulheres, 79 anos. Um país eternamente jovem está com dificuldades para lidar com seus cabelos brancos. Ficar vivo por mais tempo, o que deveria ser uma boa notícia para todos, virou um desafio  pessoal para os brasileiros — e uma bomba relógio de efeitos incalculáveis para o sistema de assistência social. Na camada mais baixa, onde estão os mais pobres estão o maior número de idosos desamparados pela família.

Como descreveria a solidão dos idosos, em alguns casos, abandonados pela própria família?

R – A relação idoso-família na promoção e manutenção da qualidade de vida deve ter continuidade quando se coloca um parente em um Abrigo. Infelizmente algumas famílias acham que apenas colocar o idoso numa Instituição resolve o problema. Abrigo não é depósito de pessoas a participação dos familiares é importante para continuação de uma vida saudável e feliz.

Como Natal trata seus idosos?

R – Ao meu ver com indiferença principalmente os de baixa renda que não podem pagar para morar numa Instituição.  Quais são as políticas públicas que existem em favor do idoso da nossa cidade, sinceramente não sei e se tem precisam ser colocadas em práticas, durante o ano todo e não apenas em períodos eleitorais.

Do que eles mais carecem?

R – Os idosos carecem de cuidados, boa alimentação e ações que façam reviver os bons tempos de sua juventude. De amor compartilhado por parte da família e de todos que estão envolvidos profissionalmente nos cuidados com eles, desde os enfermeiros, cuidadores, pessoal da limpeza, parte administrativa, trabalhando juntos em prol da melhoria da saúde e de uma maior interação social dos que estão nessa fase da vida. Encontrei todos estes itens na Instituição ao qual sou voluntário há 5 anos – Instituto Juvino Barreto – Que realiza este trabalho há 78 anos   – A instituição filantrópica luta contra as dificuldades sem perder a liberdade de desenvolver ações voltadas aos mais carentes, sempre com a esperança em dias melhores. Tudo que foi construído até hoje foi viabilizado exclusivamente através de doações, trabalho voluntário e apoio da sociedade.

Franklin Jorge é Jornalista, escritor e Fundador da Navegos.

Foto: Maxonara Medeiros