*José Vanilson Julião
Nota: a série sobre O amigo “americano” de Franklin Jorge, cuja última parte, até o momento, se encontra aqui, voltará em breve.
Foram pelo menos cinco horas e 30 minutos de conversa. Com o foco em amenidades, nostalgias, recordações e lembranças de fatos pitorescos.
Meu irmão, José Valdir Julião, me deixou na casa de Franklin Jorge por volta das 15h30. E se mandou para assistir o jogo do Botafogo não sei onde…? O foco e conviva principal: o potiguar residente no Maranhão José Medeiros Brasil, contabilista e economista, há 54 anos não via FJ.
Bem posteriormente chega o editor do site cultural “Navegos”. O professor Alexsandro Alves, o mais novo do quarteto, e o único que não conhecia o José Brasil, o “Nego Zé”, para os cerro-coraeneses. Nem bem a conversa começa, com as perguntas provocativas do comentarista, com o intuito de prolongar os assuntos e deixar a visita à vontade, faço una advertência.
Um alerta apropriado de quem é jornalista e sabe que a conversa ia ser recheada de detalhes por ser do conhecimento de que Brasil gosta de esbanjar causos. O pedido é certeiro: Alex passa a gravar as interpelações e respostas.
E pelo andar da carruagem são divididas em tópicos de acordo com o entendimento do editor.
Afinal de contas, numa das pausas, para o espanto e surpresa do comentarista, Brasil diz que sabe de cor e salteado as letras de 600 canções…
Pois é colecionador de discos antigos, os chamados LP de vinil (long playing) tocadas em vitrolas ou toca-discos. Eu sabia que ele era apreciador de músicas românticas, poéticas, que falam das venturas e das desventuras do amor, mas nem tanto…
Para comprovar a façanha, cantarola com estilo uma das músicas do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues. Inclusive autor do hino do Grêmio de Futebol Porto-alegrense, este o nome oficial do tricolor da capital do Rio Grande do Sul.
Em seguida explica que o autor das canções de dor de cotovelo fez letras que falam das idas a e vindas de suas paixões (dele, o compositor). Durante a tarde do café, Brasil relata curiosidades pitorescas, desconhecidas, envolvendo até o pai, que eu mesmo nem sabia de tudo.
Essas as primeiras considerações do encontro.
As demais só quando Alex passar a desovar o que foi gravado. Com paisagens por três estados nordestinos: Rio Grande do Norte (Cerro Corá, Currais Novos e Açu), Paraíba (Patos) e Maranhão.
São tantas as emoções… Com detalhes… E nuances…