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Confissões de um editor que cresce com o trabalho em equipe

Ex-Diretor Geral do Complexo de Comunicação O Rio Branco, no Acre, e fundador de Navegos, revela-nos o segredo de seu êxito como gestor, na Cultura e na Comunicação.

*Franklin Jorge

Alguém me perguntou o que seria, para mim, um bom editor, função que exerci por vários anos em diferentes meios de comunicação, inclusive no Complexo O Rio Branco, do qual fui o Diretor Geral e pude, quando pude de fato aprender a dar vida a um jornal diário e a uma emissora de TV afiliada ao SBT, fazendo do leitor e do tele ouvinte partícipes de um processo para o qual, talvez um pouco vaidosamente, que nominei para desgostos de uns e alegria de ouros, a redescoberta do Acre para os acreanos. É que notara, ao ali chegar que havia um grande bairrismo, em especial no âmbito do jornalismo, mas pouco conhecimento interesse em valorizar as coisas que pareciam pequenas ou distantes da política.

De fato, não saberia responder a essa pergunta tão eivada de significações.  Atrevo-me a dizer, motivado pela experiência, que um editor nunca dorme e deve estar em todos os ugares ao mesmo, cativando uns, desarmando outros, enfim, formando uma equipe. Jornalismo é equipe e sem equipe não há jornalismo de qualidade.

Que seria um bom editor? Alguém dotado de alguma inteligência e argúcia, além da necessária capacidade de encolher-se diante do talento, pois a sua principal ocupação e compromisso com a TV ou o jornal impresso consiste em criar as condições necessárias para que outros brilhem, o que a meu ver deve aplicar-se ano apenas às redações mas às instituições culturais ou quaisquer instituições que procure o sucesso.

Imagine-se ouvir, o que é bem frequente aqui, dizer-se que se tenha cuidado, muito cuidado com o chefe, pois ele pretende tão somente usar a sua capacidade e descarta-lo depois, como costumam fazer aqui os encruados gestores culturais que lutam tão somente para manter o emprego e a posição que se tornam em nada se não são produtivas e dignas de reconhecimento, como fazem Dácio Galvão, Isaura Rosado e Vicente Serejo, que desta forma expõem a própria e incurável mediocridade.

O bom editor não persegue nem compete com aqueles que tem sob o seu comando., sem a preocupação de sobrepor=se  ao talento alheia, posto que o êxito resulta, quase sempre, do esforço coletivo ou da capacidade de absorver e dar espaços àqueles que estão ali para erguer uma obra e dar prestígio a umas instituição.