*Lívio Oliveira – Poeta, Escritor e Advogado
Dos lugares autênticos e cheios de segredos a serem desvendados, aqui mesmo no Rio Grande do Norte, incluo Pium.
Escolhi um final de semana e fui ver de perto e de novo.
Pium tem cores e perfumes especiais. Tem frutas que nos alegram e põem doce na vida. Tem vales belíssimos e que se espalham até o horizonte.
Pium é um lugar que possui tendência cosmopolita. Em menos de cem metros, deparei-me com um aniversário de uma japonesa centenária (veio gente desse e do outro mundo para ver) e com um recanto tipicamente indiano, onde me deliciei com a vista e com a gastronomia. Deitei numa rede que se alinhava ao eixo da Terra.
Pium me deu paz em um dia ensolarado.
Tanta paz e tanto encorajamento, que fui ver uma antiga ruína da famosa Casa de Pedra, edificação francesa de caráter histórico, para a qual os nossos conterrâneos governos nem dão atenção. Fiquei lá, com a minha mulher, contemplando o monumento arruinado, após quase ter atolado o carro. Uns bois e vacas ficaram nos observando. Ruminavam e nos encaravam, mas tivemos coragem de ver de pertinho. Antes, dei um grito para pedir licença. Uma voz feminina respondeu de algum lugar: “– Tá certo! Ok!”.
E fiz umas fotos, para receber mais cores de Pium e guardá-las dentro das minhas boas lembranças e para espantar o cinza desta época e ter coragem diante do olhar rútilo do boi da cara preta.
FOTOSD: Lívio Oliveira
