*Franklin Jorge
A Academia Brasileira de Letras, fundado por um mulato, terá cotas para negros, como quer a esquerda? A suspeitas procede, pois, a esquerda desocupada e sem noção, fez circular uma petição ou coisa que o valha em favor da candidatura de um escritora negra, Conceição Evaristo, que aspira à gloríola acadêmica.
Tudo, para esses defensores das memórias em detrimento do talento e do mérito, funciona incansavelmente em manifestos e petições e foi desta forma que conseguiram canonizar Marielle, cuja morte suspeita, dela e de seu motorista que estava no lugar errado na hora errada, é coisa do PSol, um partido capaz de fazer coisas que até o PT não tem coragem de fazer.
Alienados do valor do mérito e trabalho, que segundo Baudelaire engendra forçosamente os bons costumes, o trabalho, mesmo quando mau ou improfícuo, dissipa o devaneio e as ideias disparatas ou maliciosas. Esforço desconhecido dessa horda de militantes aguerridos, educados no ódio e na ociosidade, escolhe sempre entre o que é ruim, o pior, o que já nos faz suspeitar da literatura produzida por essa bem produzida representante da mulher negra – um valor em si -, que deseja ostentar o capelo e vestir o fardão.
A cultura brasileira está degradada e assoberbada de índias fakes e escritores funcionais que, ressalvadas as exceções, não são capazes de escrever um “O” com uma quenga, mas aspiram ser incluídos entre aqueles que, por esforço próprio e por mérito, conquistaram um lugar ao sol no Parnaso das Letras. Como o próprio Machado de Assis, criador e aclamado presidente da Academia Brasileira de Letras.
