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Cultura entre a cruz e a caldeirinha

Cobras criadas disputam a presidência da Fundação Capitania das Artes e Secretária Municipal de Cultura na vaga de Dácio Galvão, que se aposenta após mamar e perseguir durante duas décadas sem proveito para o segmento vilipendiado, há anos, por maus prefeitos e governadores sem nenhum futuro.

*Franklin Jorge

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A cultura potiguar não tem sorte nem vez. É um cadáver que procria.

Usada com fins políticos e desfrutada por espertalhões insaciáveis e amantes do poder, está sendo disputada, no âmbito do município, por dois oportunistas malvistos pelos artistas locais. Um deles, Rodrigues Neto, já foi presidente da Funcarte no governo da malfadada Micarla de Souza, que foi cassada e deixou uma imagem negativa que ainda perdura. Foi o pior governante que Natal já teve. Fez uma política de terra arrasada.

Autoritário, mal-educado, despreparado e sem compostura, certa vez, quando interrogado então por repórter d´O Novo Jornal, Rodrigues Neto afirmou com todas as letras que estava “cagando e andando para a Cultura”. Emocionalmente descontrolado, não é flor que se cheire.

Foi o mais medíocre e grosseiro dos nossos gestores culturais e uma pessoa totalmente alheia à distinção intelectual. Em resumo, alguém sem nenhum gabarito e do mesmo nível intelectual da ex-prefeita e sua benfeitora, de triste memória.

Seu concorrente, na disputa da presidência da Cultura do município é o produtor Amaury Junior, que não é muito diferente. Ávido por dinheiro, quando presidente da Fundação José Augusto, no triste governo de Robinson Faria, usava laranjas para aprovar projetos de seu interesse, cujas verbas eram liberadas por ele. Se pertencesse ao clero, seria um simoníaco contumaz. Nomeá-lo para o cargo seria o mesmo que soltar uma raposa em pleno galinheiro.

Quando presidente da FJA foi condenado a dois anos de prisão e multa por violação e apropriação de direito autoral com lucro direto. A decisão transitou em julgado, mas ele continua solto e rindo dos otários, em especial, do ex-governador Robinson Faria. Também foi investigado por improbidade administrativa no exercício do cargo. Acrescente-se que foi assessor do próprio Rodrigues Neto na Fundação Capitania das Artes. É portanto um notório contraventor.

Parece que a Cultura Potiguar jamais sairá do fundo do poço em que anda metida há já uns 50 anos.