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Da arte como um exercício de generosidade

Médico aposentado e artista plástico radicado em Pau dos Ferros, no Alto Oeste potiguar, criador personalíssimo e versátil, Etelânio Figueiredo encontrou na arte uma forma de desfrutar do ócio com dignidade.

.*Franklin Jorge

Como a arte entrou na sua vida?

Através de desenho de figuras históricas nos trabalhos de estudo na infância

Por acaso recebeu influência de alguém?

A família de minha mãe tem um lado artístico acentuado: com música, pintura, costura etc…

O que o inspira?

Imagens que me emocionam e tento reproduzi-las no universo pictórico

No que o exercício da medicina contribui para sua arte?

São duas artes: com o humano, vivo, carnal e com o sonho, atemporal e espiritual, mas ambos elaborados por mente, coração e mãos.

Você em contribuído, de certa forma, para revelação e divulgação de cargos artistas do Alto Oeste. Crê que a arte começa pelo exercício da generosidade?

Com certeza, arte é uma forma de doação, solidária universalmente

Como explicaria a existência de tantos talentos artísticos em uma região desassistida por nossas instituições culturais?

A arte é magnífica neste ponto. Há sempre um esteio acadêmico, mas a genialidade é natural como o ar que respiramos e as flores que nascem nos campos

Que sugestões daria aos gestores para melhorar suas ações em favor dos verdadeiros talentos?

Pergunta extremamente difícil é impossível de responder em virtude da insensibilidade existente neste meio

O que diria sobre o fim dos salões de arte?

A meu meu, ver os Salões, quando bem e honestamente conduzidos, estimulam os artistas a produzirem, interagirem, progredirem e repensarem as suas e as obras que surgem.

Como vê o descaso dos governantes em relação à cultura?

Total ignorância artística e histórica

Como vê a desmaterialização da arte, característica da nos da época?

Como resultado do seu tempo e pós guerra se acentuou pelo descredito da realidade que pode ser totalmente destruída por ferro e fogo e agora veremos como seguirão as tendências artísticas no pós pandemia.

Se tudo é arte, afinal o que é arte?

Vida.