*Nadja Lira
O nome de uma pessoa é o que lhe dá identidade e o que a torna conhecida entre muitos. Além de servir para identificar uma pessoa, o nome também serve para dar personalidade ao ser. Nome, de acordo com os dicionários, é uma denominação. É uma palavra ou expressão que serve para caracterizar ou designar alguém. O nome de uma pessoa é sua digital. É sua marca registrada. E gostar desta marca é muito importante para o desenvolvimento da pessoa.
A identificação das crianças é uma tradição que existe muito antes de Cristo, quando o nome guardava uma característica muito forte das famílias. Nos primeiros livros da Bíblia, por exemplo, pode-se encontrar os mesmos nomes para pessoas ou montanhas. Os nomes eram escolhidos conforme o fato ocorrido naquele lugar. Em algumas histórias também é possível encontrar figuras que tiveram seus nomes alterados pelo próprio Deus. Cada nome, portanto, tem um significado e vai acompanhar a pessoa até os seus últimos dias de vida.
A Bíblia também relata que Deus modificou o nome de alguns personagens, dando-lhes novos significados de acordo com a missão que eles iriam desempenhar no futuro. Assim, Abrão, passou a se chamar Abraão, Jacó teve seu nome mudado para Israel e Simão para Pedro, por exemplo.
Escolher o nome para um filho tem um significado muito profundo e esta tarefa de dar nome as coisas e as pessoas, coube a Adão e Eva, segundo a Escritura Sagrada. Dar o nome a alguém significa cuidar desse alguém, que lhe foi confiado por Deus. Vem daí a origem de carregarmos nossos nomes de família.
Alguns pais escolhem os nomes dos filhos valendo-se de alguns modismos momentâneos. Desse modo, quando um personagem de novela ou um cantor popular está fazendo muito sucesso, várias crianças vão receber o nome daquele artista. Às vezes, o escrivão do Cartório no qual a criança vai ser registrada, não sabe escrever o nome ditado pelo pai ou pela mãe, e isso vai gerar um problema grande e oneroso para a pessoa resolver no futuro.
Quando eu era criança, meu pai me contava muitas histórias e uma das que mais me agradavam era justamente a que falava sobre a escolha do meu nome. Segundo ele, meu nome foi escolhido quando ele era um adolescente e contava com aproximadamente 16 anos.
Depois que ele aprendeu a ler e se tornou um apaixonado pelos livros, leu uma história cuja personagem principal era uma bruxa residente numa aldeia perdida nos cafundós da África. Esta bruxa fazia muitas maldades, mas tinha um lado que poucos conheciam: Depois de fazer suas bruxarias, ela adorava brincar de boneca e sua boneca preferida se chamava NADJA.
Meu pai disse que achou o nome lindo e disse para ele mesmo, que quando casasse, queria ter uma filha com esse nome. E assim aconteceu. Quando ele começou a namorar com minha mãe, já combinaram que iriam casar e que o nome da primeira filha seria NADJA.
Anos mais tarde, ao ouvir a história que sempre me encheu de orgulho por saber o quanto fui esperada, desejada e já com o nome escolhido, fui procurar a origem do meu nome. Descobri duas origens: A primeira diz que, NADJA é um nome eslavo e significa esperança. Para os numerólogos eslavos, a pessoa que tem esse nome gosta de estar envolvida em várias coisas ao mesmo tempo. É ágil, curiosa, dinâmica e adora viajar.
A pesquisa ainda me revelou que NADJA é um nome derivado de NADYA, tem origem árabe e significa terna e delicada. De acordo com a numerologia árabe, NADYA, é uma pessoa romântica, sedutora, alegre, extrovertida, sociável e transmite muita confiança aos que estão ao seu redor. Ela ainda é criativa, comunicativa.
Confesso que reconheço em mim, algumas das características reveladas em ambas as pesquisas. Porém, conservo o orgulho de reproduzir a história da escolha do meu nome, da mesma forma como era contada pelo meu pai. Ele e minha mãe souberam selecionar muito bem o meu nome, que para mim soa forte, valente e vigoroso. Gosto do meu nome e sinto-me uma verdadeira NADJA.