*Alexsandro Alves
Está em exposição na Pinacoteca a mostra de arte A degeneração da Arte, do coletivo Dandara, composto pelos artistas Aluísio Azevedo Jr., João Andrade e Alfredo Neves. A mostra ficará em cartaz até o dia 31 de julho.
Com curadoria de Margot Marie, tem a intenção de dialogar com a degeneração do eu (Neves), social (Azevedo) e da alma e dos sentimentos (Andrade), se realizaram a proposta ou não ficará para sexta-feira, dia 28 próximo, a crítica da exposição.
Nesse artigo quero tratar exatamente da degeneração da Pinacoteca.
Fundada sob a inspiração do escritor, jornalista e polemista Franklin Jorge, no início dos anos 80, que doou parte de sua coleção particular para a instituição, a Pinacoteca está em ruínas.
Suas portas e portais estão se deteriorando, assim como seu piso de madeira.
A deterioração do piso é particularmente triste.
Porque a pintura é uma arte espacial. Ela precisa de um espaço adequado para ser apreciada. E o piso rangendo da Pinacoteca, exatamente no espaço em que se realiza a exposição do Dandara, degenera nossa fruição.
O Estado precisa abandonar o amadorismo em questões artísticas. A arte e a cultura necessitam de indivíduos sérios para sua gestão.
Se o piso rangendo me causou irritações, houve gratificações.
Quando estava por sair, entram vários estudantes, jovens estudantes. Essa forma de cultura precisa fazer parte da vida intelectual dos jovens. Deve-se criar e cultivar neles a apreciação estética, e uma exposição é um lugar muito adequado para isso.
Fiquei a observar o grupo e por fim, me aproximei e um deles desejou falar sobre a exposição. Sua fala se encontra no vídeo abaixo, assim como também uma filmagem do piso rangendo, no segundo vídeo. A Navegos agradece a Felipe dos Anjos pela disposição em falar suas impressões, obrigado.
A crítica da exposição, como já mencionado, estará disponível na edição da próxima sexta-feira de Navegos.
