*Carlos Eduardo
A pandemia do coronavírus nos trouxe doença, medo e mudanças radicais na forma de viver e conviver.
Mas não foi só isso. Ela nos trouxe também o agravamento da grande crise econômica, que já vivíamos há vários anos. E essa crise é trágica porque sufoca as empresas, reduz os salários dos trabalhadores da iniciativa privada e, principalmente, aumenta o número de desempregados.
Isso é o que se chama de tempestade perfeita na economia de um Estado pobre como o nosso.
O governo federal está tentando amenizar a situação das pessoas e empresas.
Mas o governo do Rio Grande do Norte está omisso, faltando ao seu compromisso básico de proteger as pessoas e seus empregos ou formas de renda.
E isso é inaceitável.
É preciso o governo ser governo e anunciar à população o seu planejamento estratégico para a nova convivência entre a proteção à saúde e os meios de trabalho e renda.
As pessoas merecem viver. As empresas e os empregos precisam sobreviver.
E isso é urgente.
Governadora, a senhora assumiu o poder há mais de dezesseis meses.
Falta agora governar.
Porque governar é liderar, é apontar caminhos e soluções para os problemas, é comandar o enfrentamento das crises.
Me faço aqui porta-voz de milhares de pessoas que estão se sentindo abandonadas por quem prometeu governar para todos.
Precisamos de diálogo construtivo com os setores da saúde e da produção econômica.
O governo precisa ouvir os médicos, cientistas, professores das universidades, mas também os empresários, especialmente os micro e pequenos que estão com sérias dificuldades e sem perspectivas.
O governo precisa ouvir e agir, fazer, trabalhar, encontrar saídas.
É pra isso que temos governo.
Estamos atrasados, a lentidão do governo nos preocupa e provoca enormes prejuízos aos geradores de emprego e aos trabalhadores ou desempregados, mas inda é tempo de salvar o Rio Grande do Norte da maior falência pública e privada da sua história.