*Carlos Roberto de Miranda Gomes
O sentido do amor à Pátria, nos dias perniciosos de hoje, ressoa com a deformação ideológica dos que se opõem ao governo atual, sendo a sua invocação motivo de chacota pelos que pretendem implantar um estado totalitário.
Deploro esses sentimentos e repudio a política que deturpa o sentimento nativo do Brasil, que não respeita nem mesmo as vítimas da pandemia, tornando-a motivo de exploração em causa própria de pessoas ou facções.
Aproxima-se o dia 7 de Setembro, considerado o “Dia da Pátria”, em que os oportunistas de qualquer lado deverão se manifestar com o sentido aqui criticado.
Lamento que não tenhamos aprendido, ainda, o amor à terra em que nascemos. Contudo, não tenho receio de ser pichado de retrógrado ou piegas, ou mesmo reacionário. Prefiro manter firme o meu sentimento de patriotismo, repetindo os grandes poetas do passado:
HINO À BANDEIRA
Olavo Bilac
Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
NAVIO NEGREIROS – VI
Castro Alves
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!…
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa… chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!…
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança.
OU DEIXAR A PÁTRIA LIVRE, OU MORRER PELO BRASIL