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Dias piores virão?

Embora afagado pela mídia de aluguel, prefeito de Natal que pleiteia recondução ao cargo, herdado com a renúncia do Carlos Eduardo Alves, para disputar o Governo do Estado contra Fátima Bezerra, tem flancos abertos em setores básicos da administração, como Saúde, Educação, Transporte Urbano e Infraestrutura. Apesar disto, mantém-se à frente da disputa.

*Franklin Jorge

[email protected]

O prefeito Álvaro Dias confunde administração pública com vontade própria. Não mira o bem comum e desrespeita de maneira contumaz e persistente direitos de servidores, em especial dos professores do município. Pão e circo devia ser o seu lema de campanha.

Para ele somos índios que nos deixamos enganar com espelhinhos e miçangas. E, lamentavelmente temos sido, eleição após eleição, sempre elegendo os mesmos candidatos, sem pesar as consequências do voto que vale por quatro anos ou não vale nada quando mau empregado em eleger ou reeleger espertalhões disfarçados de mocinhos.

Habilidoso em tirar proveito das circunstâncias, conquistou os artistas emputecidos com o seu antecessor, de quem foi o vice. E, sempre comendo pelas beiradas, privatizou em plena Cidade alta uma via pública (Rua Prof. Zuza) em troca de apoio de instituição petista, o suposto Espaço Cultural Ruy Pereira, secretário de Educação e Cultura que morreu em desastre automobilístico com o motorista em final de semana em que ia se encontrar com a amante em Campina Grande com diárias pagas pelo Governo do Estado. De fato, o estado de nossas ruas e calçadas, mesmo em bairros burgueses, surpreende e dimensiona o tamanho de seu descaso para com a nossa cidade Natal.

A Saúde é outra área descurada. Falta até Omeprazol em farmácias de Unidades Básicas de Saúde e a marcação de consultas obriga o paciente a sair de casa de madrugada, quando não lhe custaria ter modernizado o serviço, instituindo a prestação de serviço por telefone, posto que não há quase mais ninguém no mundo que não possua um aparelho celular. E, não esqueçamos, o prefeito é médico, mas parece que desconhece como funciona a saúde e quanto sofrem sua clientela tratada sem dignidade, como miseráveis que, como os cães, se contentam com as migalhas que caem de sua mesa farta.

Porém o caso dos professores não é menos dramático. Vou enumerar alguns fatos relativos a essa classe sempre tão explorada e desassistida, apesar de leis que parecem ter sido feitas para serem desrespeitadas:

1 – O Governo Federal deu há tempos um reajuste de 12,82% aos professores, a ser pago todo mês de janeiro. Álvaro Dias se nega a pagar.

2 – Depois de um período de 05 anos de trabalho contínuo o professor tem direito a uma licença especial de 03 meses. Há professores com mais de 15 anos de trabalho que nunca desfrutaram desse direito, sonegado por Álvaro Dias e seus antecessores. A Secretaria Municipal de Educação ignora os processos e ludibriam e espoliam os beneficiários.

3 – O Plano de Cargos, Carreira e Salário não é respeitado. Os professores devem avaliados a cada 2 anos. São avaliados, mas não recebem os benefícios decorrentes da lei. Há professores com 16 anos de trabalho que já deviam estar na letra J e continuam pastando na B. alguns até já ganharam esse direito na Justiça em todas as instancias, mas o prefeito recorre para não lhes pagar.

4 – Não sei exatamente o valor do lanche para cada aluno, mas tenho a informação que não passa de 1 real, enquanto a quentinha de um detento ultrapassa os 10 reais.

5 – Se um professor adoecer, só tem direito a 3 dias de licença médica. No caso de precisar de mais dias tem que submeter-se a uma Junta Médica do município.

6 – Faltam professores de várias disciplinas nas escolas e a Secretaria não toma qualquer providência.

Vale ressaltar que o professor é o único servidor público que inicia seu expediente às 7h e é o único que repõe os dias de greve, quando faz.

Tenho para mim que um professor que se respeita não vota em Álvaro Dias nem em seus apadrinhados.