Antenor Laurentino Ramos
Conheci Djalma Maranhão em Nova Cruz, quando eu era ainda estudante secundarista. Estava no ardor da mocidade. O grande político fora fazer uma palestra juntamente com Aldo Tinoco, o pai. Salatiel, George, Marcílio de Dr. Otacílio, Claudionor Soares, Raimundo Menezes e eu fôramos convidados por Eliezer Menezes, líder operário comunista da cidade. A reunião teria lugar no Cinema Éden, de Paulo Bezerra Souto, simpatizante também esquerdista também, da época.
Tempos depois, iria reencontrá-lo no seu exílio em Montevidéu. Já o conhecia de vista no Jornal de natal de sua propriedade. Via-o sempre, em conversa animada com meu irmão Afonso e Luis Maranhão Filho. Eu trabalhava, nesse tempo, no Diário de Natal. Como revisor.
Na viagem ao Uruguai, comemorávamos a conclusão de nosso curso, os Bacharéis de Direito de 1971, o Planex. Fazia parte dessa excursão 13 alunos, 6 homens e 7 mulheres. Entre eles relembro Lúcio Teixeira dos Santos, Andrier Abreu, Molina, Mizael Barreto, Elias Maciel, Cléa Bacurau, Lúcia Barbosa, Méssia Feitosa, Jandira, Nadja Lopes Cardoso, Salete do Ó Pacheco…
Foi uma longa e estafante viagem via terrestre. Saíramos de Natal, pernoitando no Rio, para retomarmos nossa viagem rumo às terras gaúchas. Chegamos mesmo a assistir em Porto Alegre a um jogo no Estádio Beira-Rio, Internacional versus Atlético Mineiro.
Na capital do Uruguai ficamos hospedados no Hotel Campeotti, Calle General Artigas. Após um demorado repouso, saíramos para o primeiro encontro com a bela cidade. Era uma das que nos tempos de estudante do Ginásio Natal desejava conhecer e o responsável por esse desejo o era meu saudoso professor de geografia.