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Do cuidado com as palavras, parte 1 de 2

O que está acontecendo com o homem? O que a ação de palavras tem a ver com isso? A política, sem qualquer alarde, escancara uma realidade oculta.

*Alexsandro Alves

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Palavras têm poder. Em qualquer livro religioso isso é demonstrado. Deus criou o mundo falando. As coisas fizeram sentido para Adão quando ele as nomeou, falando. O mito nasce pela palavra falada.

A palavra tem poder. E seu significado é a base do mundo, porque é a estrutura de nosso pensamento, consequentemente de nossas ações.

Hoje, sorrateiramente, significados invasores ocupam palavras que não lhes pertencem. É o nosso tempo? É a política de nosso momento? Seja o que for, insidiosamente significados estranhos estão maculando o gênero masculino, o homem.

É tão delicado, que usamos palavras em um contexto de dominação e não percebemos, não há resistência. Parece natural.

Comecei com Deus, mas o Diabo mora nos detalhes.

Como devemos urinar?

Nós, homens. Como devemos usar nosso pênis na hora de urinar?

Recentemente li um ótimo cordel sobre “mijar sentado”. Dizia que nós, homens, devemos mijar sentados. O que isso tem a ver com a destruição da figura masculina?

Resposta: faz parte dela, é apenas mais um detalhe.

O cordel, muito bem escrito, agradável de ler, afirmava que urinar em pé seria “machista” e “patriarcal”. Claro, essas palavras são malignas!

Por mais bem humorado que o cordel fosse, a brincadeira é séria; porque diz respeito a um comportamento típico de homens, tal comportamento, ao que parece, é atacado como algo ruim. O correto seria urinar sentado, posto que mais higiênico. Não é mais higiênico, não para nós, não para nossos pênis.

Mas por que essa insistência em desqualificar o ato de urinar? Destruição do masculino. De qualquer característica física ou comportamental. É quase uma criminalização. Afinal é “machista”, e machismo é crime – ou produz crime. Estão notando os significados insidiosos, sorrateiros, aos pouquinhos, sem muito alarde!

Mas agora dirão: “que masculinidade frágil”. Não. Estão querendo tornar a masculinidade frágil, é bem diferente.

Urinar sentado é desconfortável para o pênis. Esse órgão tão essencial para nós, homens. O vaso sanitário é sujo, mesmo quando está limpo aparentemente. É sujo. Aquela brancura, aquele cheiro de eucalipto, só disfarçam a sujeira do vaso. Quando um homem senta para urinar, corre o risco de tocar com a glande no vaso sanitário. Sobretudo se o pênis estiver ereto ou se o homem for muito dotado. Será muito desconfortável, pois precisará empurrar o pênis para baixo com as mãos e manter assim até a urina sair. Correndo também o risco de acabar contaminado a mão que está dentro do vaso. Um horror!

Isso não é para nós.

Se há benefícios, não compensam diante de tantas complicações. Diante de tantos perigos aos quais serão expostos nosso pênis. Uma das principais causas de câncer no pênis é a sujeira. Você se imagina sem pênis? É terrível, certo? Imagine então seu pênis tocando em um vaso sanitário de um banheiro público? A quantidade de germes que há ali.

Ame seu pênis.

Mas para além dessas questões físicas… A real questão é a palavra usada para modificar um comportamento. É ideológico. Incentivar urinar sentado é ideológico. E de qual ideologia? Da que busca apagar o masculino do mundo. Não precisa matar homens. Basta inculcar significados estranhos, delicadamente, mas sua ação é como prego martelando na consciência. Inculca vergonha e aversão. “Ah, não irei urinar em pé porque é uma atitude patriarcal!”, “também não balançarei porque é machista!”. Quando na verdade urinamos em pé pela praticidade e conforto, e pelo imediatismo mesmo. A fisiologia masculina favorece essa atitude.