Alex Pipkin, PhD
De maneira funesta, é preciso reconhecer que o Brasil é um país, na sua maioria, de iletrados e de xucros.
Tal triste situação foi construída ao longo do tempo por uma elite de baixa qualidade, que insiste em sugar a renda das pessoas e das empresas criadoras de valor.
O resultado das eleições do último dia 2, portanto, são apenas demonstrações cabais desse status quo.
Narrativas e retóricas mentirosas e romantizadas atentam para o aumento das desigualdades e da fome no país, quando objetivamente se sabe que a pandemia – e o “fique em casa, a economia a gente vê depois” – aprofundou um quadro econômico sistematicamente tenebroso em terras verde-amarelas.
Diga-se de passagem, o Brasil atual transformou-se em um exemplo em termos de auxílio emergencial e em recuperação econômica – embora tímida – pós-Covid.
Tudo isso são fatos, e os fatos aparentam não importar. Nesta seara, referindo-me aos “institutos de pesquisa”, notadamente influenciadores do voto popular, é imperativo que se investigue seus “achados”, e comprovados equívocos sistemáticos.
Estranho que o presidente atual tenha elegido muita gente, apesar de que ele próprio tenha tido problemas.
Será o “ódio do bem” direcionado exclusivamente ao Capitão?
Essa é uma questão pertinente, haja visto que Bolsonaro representa o pragmatismo e a exposição franca – por vezes desajeitada – de perspectivas utópicas e embusteiras da esquerda, por exemplo, referente a desigualdade econômica, a religião, a família, a liberdade, entre outros temas relevantes.
O fato é que nunca houve efetivamente uma direita democrática no Brasil.
Sempre tivemos a mesma elite coletivista e exploradora no poder, com pequenas variações na forma de governar, porém, dentro dessa concepção coletivista e equivocada. Basta olhar hoje o burlesco alinhamento de Lula com seu vice Alckmin.
De encontro ao pragmatismo que dá certo, como se tem visto atualmente, o povaréu é presa singela para as promessas irrealizáveis e devastadoras do socialismo e/ou coletivismo, aquele das políticas românticas e estéticas formuladas por acadêmicos ungidos e solicitadas pela culta classe artística interessada.
Nesse contexto, se Bolsonaro quiser ganhar a eleição, terá que compulsoriamente alterar o “como se diz”, mesmo que a realidade econômica comece a apontar contra a corrente ideológica coletivista que condenada o país a vanguarda do atraso.
Sim, desnecessário identificar as situações econômicas e sociais na Venezuela, na Argentina, e no recém empossado governo colombiano.
São os fatos, estúpido! A conta para o povaréu da soberba ineficiência, mais cedo ou mais tarde, chega.
A batalha é mesmo sobre individualismo e coletivismo, sobre as mentiras românticas coletivistas que muito seduzem, embora suas verdades sejam romanescas.
Para que a nação não tenha, mais uma vez, seu crescimento econômico retardado, a serviço de preferências estéticas e mentiras comprovadas, Bolsonaro terá mesmo que dizer o que tem que ser feito, cambiando o “como é dito”.
Sou cético. Evidente, o ofício desautoriza-me de romantizar a realidade, e o conhecimento e os fatos e os dados estão aí para quem quiser compreendê-los.