*Alexsandro Alves
Obs.: o texto abaixo é apenas um desabafo rápido. Em breve, a partir de minha experiência em sala de aula na rede pública estadual, desde 2004, iniciarei uma série de artigos consistentes sobre a educação potiguar – e por extensão, sobre a educação brasileira.
O Brasil ficou entre os 20 piores no PISA 2022: em matemática, ocupando o lugar número 65 no ranking; em ciências, o país ficou com a posição 61. Em leitura, o Brasil não alcançou o resultado mínimo.
Outros obtiveram tais dados durante a pandemia da Covid-19, quando as escolas estavam fechadas.
Aqui no Brasil, tais dados sempre foram reais, independente de questões pandêmicas.
Ora, aqui no país o aluno e muitas vezes, muitas vezes mesmo, o professor, tem aversão à leitura.
A formação de professores se dá por viés político. Nos cursos superiores, se ensina sobretudo luta de classes e Paulo Freire. Prova do ENEM nem Caetano Veloso conseguiu decifrar a resposta correta que versava sobre sua própria música, além disso, politização contra agronegócio e pautas identitárias dão o tom da prova, e consequentemente dão o tom da sala de aula.
Se perguntar a um professor brasileiro sobre quais livros leram ou leem durante cada ano, a resposta será: nenhum. São medíocres. Em sua maioria. No máximo leem a Bíblia e autoajuda.
Quanto aos alunos, estes estão imersos na subcultura do funk erótico e neurótico, por um lado e, por outro lado, na marginalidade; há sem dúvida alunos e professores que fogem desse quadro deprimente, mas são poucos.
Sala de aula no Brasil, hoje, serve para duas finalidades: por um lado, formação de um quadro sindical burro, despreparado e gritador; e por outro, vitimização da pobreza.
A educação brasileira forma analfabetos. O aluno chega escrevendo “chícara” e sai escrevendo “chícara”.
Há escolas cujos alunos de ensino médio não tiveram professor de português em 2023! Há casos de escolas que não têm professores de português há mais de 3 anos!