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Uma vasculhada na História recente do Brasil nos mostra o que estamos perdendo literariamente se não pusermos as mangas de fora!

*Alexsandro Alves

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Ele viveu anos com uma identidade falsa. Casou. Teve filhos. Vivia entre o Brasil e Cuba, traficando armas.

Um outro liderava greves homéricas! Sindicalista, afirmava que enquanto houver uma criança passando fome no Brasil, o país não paga a dívida com o FMI. Eleito presidente, não só pagou a dívida com o FMI como deixou a fome ainda no país. Alguns anos depois, seria preso no maior esquema de corrupção da História do Brasil. Na cadeia, afirmava que não nutria rancor por seus inimigos… Quando foi solto, em uma entrevista, disse que não houve um dia na cadeia em que não pensou em se vingar do juiz que o prendeu.

Uma turma de togados! Apoiaram a República de Curitiba, enquanto um capitão crescia no gosto popular…

O capitão, que enquanto presidente, pouco a pouco, levou seus apoiadores para a cadeia, e hoje pode até perder a patente por confiar nas “nossas gloriosas Forças Armadas”.

Estas, tinham generais que batiam na mesa ao ouvir o nome “Lula”! Hoje, abrem as pernas para receber um aumento de 9%…

Tem aquele Santo que disse que o Amigo queria voltar à cena do crime…

Aquela turma de togados, quando notaram que o capitão era mesmo maluco, latia e não mordia, mas atiçava a matilha toda, estes mordiam! Resolveram tirar aquele outro lá de Curitiba e, democraticamente, claro, já que ninguém mais suportava o capitão latindo, resolveram que o preso, solto, seria o presidente e ai da urna se discordasse!

Tem a ruma de bestas-feras, que tentaram comer aquela que saudava a mandioca, mas comeram mesmo o molusco e o namorado de Aristides! Quanto a ela, a única que permanece ainda com alguma dignidade, porque não abriu as pernas para as bestas-feras, como os dois marmanjos fizeram.

Não podemos esquecer o crente: “Deus tenha misericórdia desta nação, eu voto sim!”

Mas tem aquela outra, a que gritava “é gópi!” e hoje seu vice é um golpista…

Temos um togado que durante algum tempo foi o advogado do Partido Comunista Chinês, segundo o lado do amor, mas agora é o herói supremo, merece até churrasco do Amigo. A turma do Amigo, em tempos idos, dizia também que esse togado era fruto do golpe. Hoje não vive sem ele (desse jeito!)…

Temos um comunista obeso…

Já imaginaram toda essa patifaria de sebosos num livro? Um romance sobre o Brasil, mas sem partidarismo! Um romance para destruir todos eles, para a posteridade! Seria nossa vingança contra esses imundos. Contra cada um deles! Seriam os personagens principais, mas seriam seres odiosos.

Poderia haver herói? Não! Não poderia! Alguém aqui se sente representado por algum herói? Todos marginais. Seria um atentado escrever tal romance.

São enlouquecedoras as possibilidades. E a história está aí. Até as falas! As situações, as contradições, os acordos espúrios, os golpes baixos, as mentiras, a bílis!

A literatura também atira; e é arma de longo alcance.