*Da Redação
As informações são de www.wagnermania.com
Uma nova edição do Festival de Bayreuth começa no dia 24 de julho, dedicada exclusivamente à música de Richard Wagner. Dessa data até 28 de agosto, serão 31 apresentações operísticas mais dois concertos, algo que começa a se tornar normal no evento.
A principal novidade será a estreia de uma produção de Parsifal, que será dirigida por Pablo Heras Casado, o segundo realizador espanhol em Bayreuth, atrás de Plácido Domingo, que dirigiu em 2018 A Valquíria, ou o terceiro, se considerarmos a nacionalidade espanhola de Daniel Barenboim. A parte cênica ficará a cargo de outro estreante, o americano Jay Scheib, que em 2021 apresentou em Bayreuth, mas não na Casa dos Festivais, Sei Siegfried, um projeto multimídia e virtual em torno do herói wagneriano.
Quanto ao elenco vocal, o maltês Joseph Calleja vai estrear-se no Festival no papel titular. Também será a primeira vez que canta o personagem em toda a carreira, já que o repertório wagneriano não está entre os usuais do tenor. Ele estará cercado por cantores já experientes de Bayreuth, como Derek Welton (Amfortas), Tobias Kehrer (Titurel), Georg Zeppenfeld (Gurnemanz), além dos estreantes Jordan Shanahany (Klingsor) e Elina Garanca (Kundry), que dividirá o papel com Ekaterina Gubanova.
O polêmico Anel de Valentin Schwarz, estreado no ano passado, com direção de Pietari Inkinen, retorna ao Festspielhaus, onde pode ser visto em três ciclos diferentes. Quase todos os cantores do ano desde a estreia da produção se repetem, como Tomasz Konieczny (Wotan), Olafur Sigurdarson (Alberich), Daniel Kirch (Loge), Klaus Florian Vogt (Siegmund), Catherine Foster e Daniela Köhle (Brünnhilde) e Andreas Schager (Siegfried). A soprano norueguesa Lise Davidsen, grande sensação nas duas últimas edições como Sieglinde e Elisabeth, não atuará este ano, sendo substituída por Elisabeth Teige em ambas as funções.
Além da estreia de Parsifal, e O Anel, mais dois títulos marcarão presença no Festival deste ano, pelo que serão sete as óperas representadas, algo que só é possível com a Tetralogia programada. Esses títulos serão The Flying Dutchman (Oksana Lyniv e Dmitri Tcherniakov) em seu terceiro ano no Festival; e Tannhäuser, com a estreia da diretora Nathalie Stutzmann, quarta batuta da proposta de Tobias Kratzer, estreada em 2019, depois de Valery Gergiev, Christian Thielemann e Axel Kober.
Nas imediações do Festspielhaus, a 24 de julho, dia da inauguração, e a 2 de agosto, terá lugar nas imediações do Festspielhaus um concerto ao ar livre e com entrada gratuita, dirigido por Markus Poschner e com as vozes de Daniela Köhler, Magnus Vigilius e Olafur Sigurdarson. O programa do concerto, ainda não divulgado, está inserido no projeto Diskurs Bayreuth.
Como todos os anos, a Rádio Nacional de España, assim como outras rádios europeias, vão transmitir várias das funções programadas no Festival. Além disso, a estreia de Parsifal pode ser acompanhada via streaming de vídeo na plataforma Stage+ da Deutsche Grammophon.
- Auditório do Festspielhaus, Casa dos Festivais, em dia de festival
- A Casa dos Festivais
