*Franklin Jorge
O artista Franklin Serrão tomou conhecimento do #movimentocanarinho através de Tiago, artista plástico, ainda em 2019, e logo ficou interessado em se unir a um grupo que se propõe a lutar por uma nossa Cultura, achacada, há duas décadas, por gestores inescrupulosos que a usam em seu próprio interesse e dos governantes, que preterem os talentos locais em favor de artistas que vêm de fora, contratados a peso de ouro. Portanto, o Movimento luta por acesso a recursos que são usados, senão em benefício de celebridades ou de artistas da esquerda que infestam as instituições e criam barreiras.
segundo Serrão, aqueles que não estão tocando no tom imposto pelos gestores são simplesmente descartados, ou tratados como coisa menor, pelas instituições de cultura, que na minha visão, são verdadeiras aberrações culturais. São instrumentos aparelhados pela esquerda e pela pseudo arte contemporânea. E pela desconstrução estética. Com as novas mídias e redes sociais, creio que as instituições de cultura, diante dessa nova realidade, tornaram-se obsoletas.
Parece estranho falar isto, mas se um gestor não fizer nada, ele já estará fazendo muito pela cultura de sua cidade, afirma em consonância com outros artistas que sofreram horrores sob o tacão de gestores maléficos para a criação artística e projeção de nossos artistas para além dos limites geográficos.
É consenso entre os artistas que o Estado não deve interferir na Cultura, escolher ou direcionar caminhos culturais que extrapolam os limites do cargo. Isso deve ser feito pelos próprios artistas. Qualquer interferência nesse sentido, ou em outros sentidos, vai promove alguns e prejudicar a maioria dos artistas que não comungam de ideias estranhas aos nossos desejos.
Em suma, o Movimento Canarinho é algo revolucionário, nunca visto antes pois, de fato, tenta quebrar uma hegemonia cultural estabelecida e oficial.
Da mesma forma que a sociedade, na maioria conservadora, votou em Bolsonaro, acho que a maioria dos artistas, também trabalham em virtude da técnica e da beleza. Sabendo que alguns já dizem não para esse aparelhamento, acredito que essa maioria vai criar voz e musculatura no cenário artístico brasileiro.
O livre mercado é ainda o melhor Mecenas para a qualidade técnica dos artistas, reconhece. Não os políticos.
Franklin Jorge é escritor, jornalista e ativista pelos Direitos dos Animais.