*Francisco Alexsandro Soares Alves
Por que Fátima Bezerra é a pior governadora para a educação que o Rio Grande do Norte já teve, perdendo apenas, claro, para o já folclórico nesse quesito, Geraldo Melo?
Primeiramente, a questão do piso do magistério. Quando votei em Fátima Bezerra, em 2018, pensei: “ao menos, para a implementação anual do piso da categoria não precisaremos fazer greves, como sempre acontece.”
Ledo engano.
2020 foi marcado por uma greve histórica em plena pandemia. Só findou quando o sindicato, que para nada serviu, concordou com um acordo espúrio, onde a governadora pagaria o piso de 2020 a partir de agosto daquele ano e em seis vezes. O retroativo ficara para o ano de 2021, também em seis vezes. De forma que o piso completo de 2020 a governadora só veio a pagar em dezembro de 2021. Foi tão dividido que nem percebemos o aumento. Humilhação.
Lembremos do aumento de 16% ao judiciário, com recursos do estado falido, que a governadora concedeu em uma única tacada em 2020. Na época, o piso do magistério ficou em pouco mais de 12%, com recursos federais, e não foi pago. Humilhação.
Profunda e triste humilhação infringida pela própria autora da lei do piso, aquela mesma que subia na tribuna da Câmara ou do Senado para alardear que “não há motivo para não pagar o piso” quando eram outros os governadores.
Fátima fez pior do que Rosalba. Fátima fez pior do que Robson. Nunca antes na história desse estado o piso fora dividido em tantas vezes e nunca antes demorou tanto tempo para ser pago, dois anos! Foi a humilhação imposta à educação pela governadora e pelo sindicato da governadora.
E agora, 2022?
Podem ter certeza: haverá uma nova greve.
Mas sabem de uma coisa? O sindicato fará de tudo para que essa greve não ocorra. Porque é Fátima Bezerra. Porque é ano eleitoral.
Ou seja, a categoria lutará contra a governadora e contra o sindicato que diz representar a educação.
A greve que se avizinha será dos professores. Não do sindicato. O sindicato apoiará relutantemente, quase sem querer. Porque não é Rosalba. Porque não é Robson. Porém ocorre na educação, com esta governadora, os mesmos desmandos daqueles.
E ainda: esse ano, ano de eleição, teremos o gado de Fátima aterrorizando: “se não fosse Fátima seria pior, se outro ganhar será pior”, demonstrei que com ela sim é pior.
Esse terrorismo ante a categoria funcionará.
O mesmo a governadora não fará com a segurança. O medo de um motim é tamanho, que as benesses para a segurança, reduto do miliciano que vive de férias, se avolumam. Qual será o sentimento da governadora ante a tropa? A tropa não gosta dela, esquerdista. Prefere o miliciano. O que o medo de um motim não faz…
Ora, não digo que não deveria haver tais benesses para a segurança. Digo que para a educação também deveria ser dessa forma. Mas, não. A governadora trata a categoria com a mesma maldade dos outros anteriores a ela. Fátima Bezerra tem certeza do voto da categoria independentemente do que faça. Claro que conta, além do terrorismo que fará, com um competente e poderosíssimo cabo eleitoral.
Porém, mesmo com Lula, novamente teremos greve. Por isso que Fátima é pior do que Rosalba ou Robson. Ela traiu a própria lei pela qual lutou! Não seria melhor que tivesse ficado no legislativo mesmo, ao invés de sujar sua carreira no executivo?