*Franklin Jorge
Inovador e expoente do novo jornalismo digital, criador de um estilo de escrita para ser lido com a velocidade requerida por leitores que não desejam perder tempo com circunlóquios, o mossoroense Gustavo Negreiros, advogado e jornalista de quem pouco sei, exceto que tem sido perseguido por políticos e marajás corruptos que que se abufelam com a contundência e precisão de seus comentários minimalistas que já alcançaram 1 milhão de leitores.
Sua maior virtude é a pontaria bem-humorada que deixam muitos políticos de índole duvidosa de calças curtas. Alguns dos quais já intentaram fisga-lo, sem êxito, nas malhas da lei, enquanto aumenta o número de seus admiradores, apesar de ser ele uma pessoa mais difícil de entrevistar do que o papa. Por diversas vezes, sem sucesso, quis entrevista-lo, sem sucesso, Apesar de minha perseverança, em especial, diante do talento que não se curva ao poder.
Conheci sua escrita por recomendação de um de meus mestres, o jornalista e velho amigo duma vida inteira, Paulo Sérgio Martins, açuense que desacreditou do jornalismo a ponto de recusar o meu convite para ser editor desta revista Navegos. Pois bem: ele me chamou a atenção para essa escrita jornalística carismática, que diz tudo em dois minutos. Às vezes menos que isso, algo que desfrutamos com prazer intelectual, como uma espécie de Pão dos anjos preconizado de Dante Aleghieri [Florença, entre 21 de maio e 20 de junho de 1265 d.C. – Ravena, 13 ou 14 de setembro de 1321 d.C.]. Um alimento intelectual, informativo, brilhante, que podemos ressaltar como espirituoso e sintético, virtudes intelectuais que engradecem o jornalismo digital em detrimento do impresso, que está aos poucos desaparecendo. Dos grandes jornais que circulavam em Natal, resta apenas a Tribuna do Norte, que mal se sustém sobre os pés. Somente esta semana ele demitiu mais de 20 trabalhadores de um número já extremamente rarefeito.
Sempre, de Paulo Sérgio de Rose, tenho recebido boas e excelentes recomendações, como Pautas que não realizei, por cansaço ou falta de oportunidade, pois tenho trabalhado com diretores de redação que têm o hábito de perseguir o talento, como uma forma de manter o emprego, mesmo às custas da qualidade que há de estar presente em tudo. Sou-lhe grato por apresentar-me a alguém que fará tipos como Vicente Serejo roer-se de inveja dentro de sua cova.