*Abraão Gustavo
Paixão requer imaginação e criatividade. Imaginar sempre a perfeição do ser amado, mesmo quando a realidade dos fatos e testemunhas oculares dizem:
– Ele ou ela não presta!
– Estou te avisando!
– Abre teu olho!
Não adianta. Paixão ou borboletas no estômago, como assim apelidaram, é algo que está para além da razão e da compreensão racional e lógica do dia a dia. O ser apaixonado vive em um mundo paralelo. Enquanto o que ama tenta achar graça nas imperfeições do ser. Claro que a crônica vai fomentar as ideias entre o amor e a paixão.
Não estou comprometido aqui com a definição exata da moralidade dos amantes ou dos seres que resolveram juntar suas tralhas e morarem juntos. Estou, na verdade, casado com a literatura e a reflexão das questões diárias. Assim como um doido apaixonado faz pela sua querida amada. Mas, quando acabam as ilusões, surge o amor. E quando acaba a paixão de um escritor, o que resta?