*Da Redação
John Romita (Nova Iorque, 24 de janeiro de 1930 – 12 de junho de 2023), amou os quadrinhos como poucos. Estreou nesse meio graças a um convite de Stan Lee para desenhar o Demolidor. O sucesso veio a galope: e de um personagem, na época do segundo escalão da editora, passou a desenhar aquele que se tornaria, graças a ele, o mais importante personagem da Marvel: o Homem-Aranha! É sob a influência do traço de Romita que o aracnídeo alcança picos de popularidade. Seu traço marcaria por décadas a maneira correta de desenhar o personagem, vários desenhistas que o sucederam, procuraram imitar as poses e os modos do Homem-Aranha de Romita. Sua intimidade com o personagem foi tão grande, que nos anos 2000 foi novamente chamado para desenhá-lo, que de prontidão aceitou o convite e retornou àquela simbiose das décadas passadas: se Romita tornou o Homem-Aranha o maior personagem da Marvel, o Homem-Aranha deu a seu desenhista o reconhecimento entre os maiores nomes da indústria.
Foi diretor artístico da Marvel, e nessa função ajudou a criar e a solidificar personagens como Justiceiro e Wolverine, este último com a colaboração de Roy Thomas e Len Wein, surgiu como um personagem coadjuvante para as histórias do Hulk a partir da edição 180 de The Incredible Hulk (outubro de 1974). Já o Justiceiro foi criado por Romita em colaboração com Gerry Conway e Ross Andru, como um personagem antagonista para as aventuras do Homem-Aranha, surgindo em The Amazing Spider-Man #129 (fevereiro de 1974).
Trabalhou muito pouco para a editora do Superman, a DC Comics. Seus maiores e duradouros trabalhos estão na Marvel, porém são dele os desenhos do primeiro encontro entre o Superman e o Homem-Aranha, publicado em 1976.
Casou-se com Virgínia Hopkins e tiveram dois filhos: John Romita Jr., que também se tornou desenhista e Victor Romita.