*Franklin Jorge
Sempre acreditei e disse-o em diversas circunstâncias jornalísticas que o deputado estadual Kelps Lima tem grande futuro na politica potiguar. De origem pobre, nascido e criado em um bairro proletário de rica tradição popular, tem se mostrado esperto e capaz de tirar proveito das oportunidades sem temer o ridículo ou os obstáculos, que sempre os há, quando desejamos com obstinação alguma coisa. Em seu caso específico, o poder. O poder que tudo pode ou pensa que pode; dá no mesmo.
Antônimo do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves – rebento oligárquico bafejado pela riqueza -, Kelps destaca-se, por sua persistência, como um catador de aratu. Até agora, só lhe faltava uma CPI para chamar de sua e dar-lhe a desejada e necessária ressonância. Teve-a, por um desses cochilos da sorte, nessa CPI do Consórcio Nordeste usado por governadores para desviar recursos federais destinados ao combate da pandemia. E logo se tornou um nome nacional como o paladino de uma causa que bem explorada vale ouro: o mau uso de recursos federais pela governadora Fátima Bezerra em seu fantasioso combate à pandemia; coisa que ela própria não podia combater, em sendo ela mesma uma forma de Covid 19 de dedo duro.
Não importa se, ao fim dessa CPI nossos deputados baixaram as calçolas, punindo pobres diabos enquanto os verdadeiros culpados continuam impunes. Importa reconhecer que enfim Kelps chegou aonde queria, por obra do acaso. É, agora, o regente da Oposição; algo que somente é conquistado apenas com coragem e determinação, virtudes que faltam àquele que podia estar no comando das aspirações do povo do Rio Grande do Norte.
Salve, Kelps!
