*Franklin Jorge
Execrável amordaçador da imprensa paraibana, perseguidor de jornalistas que apontavam a sua nudez de dilapidador de recursos públicos, Ricardo Coutinho foi finalmente alcançado pelo dedo longo da lei. Ao fugir, homiziou-se no Rio Grande do Norte, talvez por achar a justiça daqui mais branda.
Fim de rama da ilustre Casa dos Coutinho, Ricardo exagerou-se. Achou-se de fato o imperador vontadoso que prevaleceu sobre o povo o calcanhar do governador que não podia acabar bem e até poderia servir de exemplo à desgovernadora do PT-RN, fora ela mais cauta e mentalmente atilada.
Sua eleição foi uma esperança de futuro bom para a boa terra paraibana, que sairia de um ciclo. Louvaram-no como tal, o futuro. Apostaram as fichas nele, Ricardo, que não demorou a mostrar-se quem é. Um fugitivo da justiça. Até sua prisão, homiziado no RN.
Até suas drogas eram pagas pelo contribuinte paraibano. Além disso foi cruel e perseguiu com gosto. Não teve pena de ninguém, nem dos jornalistas que procuraram alerta-lo da expansão do seu desvairio.
Narcisista até a abjeção mais despudorada, cultivava a imagem de imperador de todas as vontades. Queria porque queria entrar para a história sem opositores, como um ser divinizado, diria. Fiado apenas em sua beleza de Adônis desmazelado.
O Nordeste está contaminado por uma rafaméia de ladrões com mandatos. O caso da Paraíba é sintomático: um governador que usava como privado o público e ainda se dava ao desplante de pagar a sua droga com o dinheiro dos contribuintes: seu nome, Ricardo Coutinho, que se refugiou no RN, certamente achando a lei daqui mais branda.
Fico pensando quando essas investigações chegarem ao nível das prefeituras. Não vai faltar culpados. Mas, o caso do governador da Paraíba, é exemplar. Fim de rama de uma família que já nos deu melhores Coutinho, esse Ricardo é de morte. Um tirano que usou e abusou, em pleno século 21, desfrutou-lhe as rendas e manteve seu povo amordaçado e agrilhoado aos seus caprichos de tiranete.
A Paraíba padeceu sobre o seu arbítrio. O político visto como um “salvador”, condenou a terra e o povo ao atraso e ao sofrimento. Usou o bem público como se propriedade sua fosse, perseguiu e deitou a perder toda a boa expectativa que lhe trouxe a vitória. O ”salvador” tornou-se o “matador” de um estado já depauperado por uma horda de maus governantes.
Esse Coutinho, o último imperador do sertão paraibano, é caso de manicômio-judiciário. Recomendo
