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Lições não aprendidas

“Mesmo trágico, o passado parece inexistir ou ser desprezado pelas gerações, tanto as que se vão, como as que vêm.”

*Sílvio Lopes

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A história da humanidade é também a história da tragédia que acompanha o homem desde sempre, como revela o pensamento budista. As guerras nada mais são do que a síntese desses processos trágicos retroalimentados, aqui e ali, e que formam o próprio eixo do paradoxo existencial dos humanos.

Mesmo trágico, o passado parece inexistir ou ser desprezado pelas gerações, tanto as que se vão, como as que vêm. Por si só, isso já se mostra trágico sob o ponto de vista existencial e da própria essência da criação e do propósito do homem sobre a terra. Afinal de contas, como sentenciou o filósofo, teólogo e crítico social dinamarquês, Sören Kierkegaard (primeiro filósofo existencialista) “a vida só pode ser compreendida olhando- se para trás; mas só pode ser vivida, olhando- se para a frente”. Se temos olhado para trás, esse olhar tem, sim, ofuscado (propositadamente ou não), a realidade trágica vivida de destruição e desgraça que se abateu sobre milhões de inocentes espalhados pelo planeta terra.

O recrudescimento do espírito que norteou o pavor do holocausto lá atrás, e que nos revelou o caráter de assassino impiedoso de um Hitler, parece renascer nas mentes estúpidas de todos os que defendem a máquina assassina do Hamas em sua intrépida e sanguinária luta visando a destruição do Estado de Israel. E não só de Israel, diga-se. O que esse grupo representa é algo bem mais amplo e aterrorizador (expressão bem afeita ao caráter desses terroristas natos, o que, verdadeiramente, são). Seu alvo é varrer o mundo ocidental da face da terra e fazê-la um único lar islâmico onde haverá (como ocorre nesses lares já constituídos), o verdadeiro, bíblico e devastador ” choro e ranger de dentes”.

A encruzilhada nunca esteve tão clara e ameaçadora diante de nós. A hora de firmar posição e resistir, é agora.  Sem qualquer espécie de procrastinação. É viver. Ou é morrer.

*       O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante de ” Economia Comportamental”.